Vivian Guilherme
Muitos instrumentos musicais, por todos os lados. É como pode ser descrita a casa da família Braunger. E não é para menos, são quatro gerações da família dedicadas à música. Bruno Braunger conta que tudo começou com o seu avô, que veio da Alemanha trazendo na bagagem uma cítara inglesa. O pai também não negou o sangue e aprendeu violino e violoncelo.
A tradição encontrou continuidade com Bruno que, logo aos 17 anos, já era professor de música. Questionado sobre quais instrumentos toca, ele olha para esposa Aidê, sorri e começa a contar: violino, violoncelo, flauta, violão, teclado, trombone, viola, tuba, saxofone e talvez alguns mais que tenha esquecido na hora.
A esposa Aidê apareceu em sua vida de uma forma até óbvia: pela música. “Eu trabalhava em uma loja que começou a vender flautas, eu achei tão bonita dentro do estojinho e quis aprender a tocar. Perguntei sobre um professor e me indicaram o Bruno”, conta Aidê lembrando que de aluna à namorada o percurso foi longo, mas de namorada à esposa apenas alguns meses.
Desses 31 anos de casados, surgiram três filhos, ou melhor, três músicos. Maria Luisa, de 29 anos, toca flauta doce, piano e violoncelo. Matias, de 21 anos, toca flauta doce e violino. Helena, de 18 anos, toca piano, flauta, violino e trompete.
Além de incentivar os próprios filhos, o casal Bruno-Aidê também trabalha no intuito de incentivar muitas pessoas a gostarem de música. Há cerca de 12 anos dão aulas de música no Colégio Puríssimo e, antes disso, davam aulas no Colégio Integrado, Escola Pimentinha, Escola Armando Grisi, entre outras. Sem contar, é claro, as aulas ministradas em casa.
“A música é excelente. Ajuda na disciplina, na concentração, é boa para os alunos e para a escola”, comenta Bruno, que ressalta a vocação musical de Rio Claro. “O que contribuiu para formar e influenciar foi a Banda dos Ferroviários, a Orquestra de Câmara Koelle, a Orquestra Sinfônica e a fábrica da JOG.”