Mais uma grande conquista para o cineasta rio-clarense João Paulo Miranda Maria. E para o público, que agora pode aproveitar um dos trabalhos mais conceituados do artista. O longa Casa de Antiguidades, que tem como protagonista Antônio Pitanga, estava na grade do canal Telecine na noite do dia 14 de fevereiro e já pode ser visto no serviço de streaming também da Globoplay para quem é assinante.
Miranda Maria, que mora na França há tempos e foi um dos precursores do grupo Kino-Olho, um coletivo totalmente voltado ao cinema, que visa difundir a arte e seus tantos olhares na cidade de Rio Claro e toda região, falou ao JC sobre a sensação de ver seu trabalho chegar dessa forma ao público.
“Estou honrado pela oportunidade de o filme chegar a um público cada vez maior, agora pelos canais a cabo e streaming, depois de ter conquistado a crítica e salas de cinema”, disse.
A pré-estreia do filme aconteceu no Cine Petra Belas Artes, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2022, durante uma sessão especial.
Lançado em 2018, o primeiro longa-metragem do cineasta João Paulo Miranda Maria recebeu o selo do Festival de Cannes e tem no elenco nomes como Antônio Pitanga (num protagonismo muito elogiado), Sam Louwyck e Ana Flavia Cavalcanti.
“Desde o anúncio da seleção oficial em Cannes, eu aguardava por este dia. Foram anos árduos em que a prioridade era outra… Agora anuncio com grande orgulho o lançamento de Casa de Antiguidades nas salas de cinema do Brasil”, escreveu o cineasta rio-clarense nas redes sociais, na época em que o lançamento aconteceu.
Em Casa de Antiguidades, Cristóvão (Antônio Pitanga) começa a trabalhar em uma moderna fábrica de laticínios no sul do Brasil. Ele se sente distante, não se identificando com a cultural local e as pessoas, sofrendo com o preconceito dos moradores da cidade. Um dia, ele descobre uma casa abandonada repleta de objetos que o fazem lembrar de suas origens. Aos poucos, Cristóvão vai se instalando pela casa, reconectando-se com sua ancestralidade.
Reconhecimento
Selecionado para Cannes em 2020, filme rendeu prêmio Roger Ebert de Melhor Cineasta Estreante no Festival de Chicago para João Paulo Miranda e de melhor fotografia a Benjamín Echazarreta em Estocolmo.