A deputada Flordelis (PSD-RJ) divulgou na sexta-feira (4) nota em que rejeita as acusações de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). Ela é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato.
Por meio da nota, a parlamentar diz que “existe evidente erro na conclusão das investigações”. “Não posso ser julgada e muito menos condenada, antes que todo o processo seja concluído. Os equívocos encontrados serão esclarecidos e tenho plena convicção de que irei provar a minha inocência quanto ao assassinato de meu marido e que os envolvidos no crime, sejam eles quem forem, responderão pelos seus atos”, afirma.
Flordelis também comenta sobre a eventual análise do caso pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.
“Quanto ao Conselho de Ética, conto com a sua imparcialidade e isonomia nesse processo, meu direito de defesa deve ser respeitado, aguardando assim a apuração final de todas as partes que compõem o caso, sem que haja quebra do decoro parlamentar frente as acusações levianas atribuídas à minha pessoa pela investigação policial”, diz a deputada, por meio da nota. “Por conta de minha idoneidade, confio que a verdade prevalecerá e que a Justiça será feita.”
Corregedoria
Uma representação do deputado Léo Motta (PSL-MG) contra Flordelis foi encaminhada na terça-feira (1º) pela Mesa Diretora da Câmara à Corregedoria Parlamentar. Cabe à Corregedoria fazer a análise prévia da acusação. Se a Mesa julgá-la procedente, remeterá o caso para o Conselho de Ética para abertura de processo contra a deputada.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que o direito de defesa de Flordelis será respeitado, mas que a análise do caso será rápida.
Frente evangélica
A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional também divulgou nota nesta sexta-feira afirmando que, “mesmo respeitado o amplo direito de defesa, não é natural nem aceitável que alguém que se intitule cristão possa cometer ato tão absurdo, como envolver-se em um assassinato brutal que chocou o Brasil”.
“Ressaltamos que a intenção da FPE em momento algum é fazer pré-julgamento, pelo contrário, muito nos alegrará se ao final do processo, restar-se comprovada a inocência da deputada. No entanto, temos que admitir que, até o momento, nenhum fato favorável à deputada foi apurado, muito pelo contrário”, diz trecho da nota. “Estamos orando para que os fatos se esclareçam definitivamente, para que a justiça se estabeleça e o bem, como sempre, prevaleça.”
Fonte: Agência Câmara de Notícias