Favari Filho
Os foliões rio-clarenses precisam ser prudentes quanto à proibição em vigor desde 2006 da espuma de spray. O uso e a comercialização de aerossóis de neve e serpentinas artificiais podem causar diversos danos à saúde, além de favorecer situações desagradáveis, como a promoção da violência gratuita.
Estudos comprovaram a existência de substâncias químicas nocivas ao organismo, como o gás butano, que pode causar asfixia. Segundo a Vigilância Sanitária do município, a proibição vale para todos os períodos do ano, contudo a prefeitura, por intermédio da Secretaria de Turismo, reforça a orientação para que não se utilize o produto principalmente durante o Carnaval.
Medidas iguais à da Lei 3.664, aprovada pela Câmara de Vereadores de Rio Claro em maio de 2006, já foram adotadas preventivamente por diversos municípios brasileiros, no intuito de proteger a saúde dos respectivos cidadãos. O munícipe que descumprir a norma comete infração exclusiva de natureza sanitária, sujeita às sanções previstas na respectiva legislação.
Portanto, o folião que for autuado na Avenida com o produto será abordado e instruído sobre os riscos do uso. Já aqueles que forem surpreendidos com ‘ataques’ do spray podem procurar os agentes de segurança da Guarda Civil ou Polícia Militar para realizar a denúncia. O spray de espuma foi criado na década de 1970 e é indevidamente associado à festa carnavalesca.
Além do spray de espuma, aglomerações e excesso de maquiagem podem causar problemas principalmente na visão, como a conjuntivite, a ceratite e a alergia. Segundo especialistas, é neste período que se concentra o maior número de casos de conjuntivite e, infelizmente, as crianças são as mais afetadas. Ambientes fechados facilitam a contaminação, contudo esses artifícios podem acabar com a festa logo na primeira noite.
O motivo da aparição desses problemas é que tanto a espuma de carnaval quanto as serpentinas em spray contêm, respectivamente, cocobetaína e resinas e, quando entram em contato com os olhos, causam ceratite, uma inflamação na córnea que pode se transformar em úlcera. Os sintomas da alergia são: coceira, olhos vermelhos e lacrimejamento. Ao primeiro desconforto, a recomendação é lavar os olhos abundantemente com água e procurar um oftalmologista.