Goleiro da seleção esteve em Rio Claro em 1969

Vivian Guilherme

Festa que comemorou aniversário da cidade há 45 anos contou com a presença de ícones esportivos, como o goleiro da Seleção de 58, Gilmar, e Fiore Giglioti

Nesta época de Copa do Mundo quem já vivenciou tantas outras Copas gosta de se lembrar dos antigos ídolos, aqueles que fizeram história e marcaram uma época. Pelé, Garrincha, Sócrates, Rivellino, Tostão, Gilmar e tantos outros são ícones do futebol jogado com garra, paixão e muita dedicação.

Destes, é preciso destacar, em especial, o goleiro Gilmar. Considerado até hoje um dos melhores de todos os tempos em sua posição, por ter jogado em times lendários como o Corinthians da década de 50, o Santos da década de 60 e no ‘time dos sonhos’ da seleção brasileira em 1958.

Em sua história Gilmar tem um fato curioso, esteve em Rio Claro no ano de 1969. Quem conta a história é o rio-clarense Conrado José Pilla, que na época atuava como delegado de polícia em São Paulo. Hoje residindo na capital, Pilla lembra que o prefeito da época, Álvaro Perin, pediu-lhe para que trouxesse Gilmar para o dia do aniversário de Rio Claro. “Na época ele era considerado o melhor goleiro do mundo e eu era amigo pessoal da família. Gilmar, como sempre muito educado e simpático, topou na hora e foi comigo para a festa em Rio Claro, que foi maravilhosa”, revela o aposentado.

Além de Gilmar, o evento também contou com a presença do locutor esportivo Fiore Giglioti. “Ele era o melhor locutor esportivo da época e era primo-irmão de minha sogra, então estava tudo em família”, brinca Pilla.

A festa que reuniu os dois ícones do esporte nacional foi realizada no antigo campo do Rio Claro Futebol Clube, localizado na Avenida 10. Foi um jogo promovido entre o time da Rádio Bandeirantes e o Rio Claro FC, sendo que Gilmar jogou meio tempo junto ao time rio-clarense. “Gilmar jogou ainda com o uniforme dos Santos e tinha 37 anos na oportunidade”, acrescenta.

Na foto enviada por Pilla estão presentes o locutor da Bandeirantes Enio Rodrigues, o então deputado estadual José Felício Castellano (Gigio), o locutor Fiore Giglioti, o goleiro Gilmar, o delegado Conrado José Pilla, o prefeito Álvaro Perin, e o secretário da prefeitura, Pezotti. “A foto representa uma homenagem bonita, pois Gilmar e Fiore foram amigos de Rio Claro e hoje estão falecidos”, observa Pilla.

GILMAR
O saudoso goleiro Gilmar dos Santos Neves morreu em agosto do ano passado. Titular absoluto nas duas primeiras conquistas mundiais do Brasil, em 1958 e 1962, ele era símbolo de segurança, enquanto gênios como Pelé, Garrincha e Vavá garantiam os gols.

Em 1966, Gilmar também estava na Seleção. Porém, ele não teve a mesma glória de 1958 e 1962, embora tivesse jogado duas partidas, e mais tarde seria substituído por Haílton Corrêa de Arruda, o Manga. Gilmar jogou pela Seleção Brasileira até 1969, sendo a vitória de 2 a 1 contra a Inglaterra, em 12 de junho, num amistoso disputado no Maracanã, sua última partida pela seleção.

Gilmar ganhou quase tudo o que disputou: o bi mundial interclubes e da Libertadores (1962/1963); cinco Taças Brasil seguidas (de 1961 a 1965), cinco paulistas (1962, 1964, 1965, 1967 e 1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), precursor do Campeonato Brasileiro.

Redação JC: