Folhapress
A Polícia Civil investiga a morte da cabeleireira Sandra Maria de Sousa, 34, cujo corpo foi encontrado na tarde de domingo (24) em um apartamento na rua Tabatinguera, no bairro da Sé, em São Paulo. A vítima estava grávida do companheiro, que é o principal suspeito do crime, segundo relato de familiares.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a bebê de 8 meses da vítima encontrava-se na residência no momento em que os policiais militares chegaram ao local, por volta das 16h30. A criança estava em um berço ao lado do corpo e com sinais de desnutrição. Ela foi encaminhada ao pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo. Ao UOL, a unidade de saúde informou que somente os familiares podem ter acesso ao estado clínico da paciente.
Informações da família à Polícia Militar dão conta de que Sandra Sousa estava sem fazer contato desde a noite de sexta-feira (22), permanecendo sem responder mensagens e ligações ao longo de sábado (23).
Ontem uma amiga decidiu ir ao apartamento e encontrou o corpo após acionar um chaveiro para abrir a fechadura. A vítima estava sobre a cama. A SSP não confirmou a provável causa da morte da cabeleireira, mas uma amiga relatou nas redes sociais que ela teria sido morta a facadas.
Segundo a SSP, a perícia foi ao local e recolheu um celular encontrado na cena do crime. O conteúdo do telefone será analisado. Imagens de monitoramento do prédio e de edifícios próximos também foram requisitadas pela investigação.
A apuração suspeita de que o crime tenha sido praticado pelo companheiro da vítima. A ocorrência está registrada como feminicídio e violência doméstica na 1ª DDM (Delegacia Da Mulher), no Centro de São Paulo.
Nas redes sociais, a família da vítima publicou imagens do suspeito e cobrou por Justiça.
“[Foi] esse monstro que acabou com a vida da minha irmã. Destruiu um sonho e duas vidas. Sim, ela estava grávida deste lixo. Que a Justiça seja feita pela minha irmã”, publicou Elisângela Sousa, irmã da vítima. Universa entrou em contato com a parente de Sandra e aguarda retorno.
“Hoje eu perdi essa pessoa, uma mulher batalhadora, mãe de três filhos. (…) Infelizmente, não nos falaremos mais porque você partiu. Partiu da forma mais cruel, assassinada com várias facadas pelo pai da sua filha. Você foi assassinada na frente da sua filha e o assassino, que é o pai da sua filha, nem se quer retirou a bebê do local deixando ela junto ao seu corpo por dois dias, apenas vocês duas”, relatou uma amiga nas redes sociais.
EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 -Central de Atendimento à Mulher- e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.