Favari Filho
A greve dos bancários continua por tempo indeterminado. O Jornal Cidade conversou com o presidente do sindicato, Reginaldo Breda, que informou que na negociação a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] retirou o abono de R$ 2,500 e subiu o índice de 5,5% para 7,5%, mas a proposta foi rejeitada. Uma nova negociação acontece nesta quarta-feira (21), às 11 horas, contudo, enquanto isso, a greve continua na Cidade Azul.
Breda informou na semana passada que o movimento cresceu e poderia continuar por tempo indeterminado. A greve dos bancários começou no dia 6 de outubro em todo o país. Em Rio Claro e região, as agências devem continuar fechadas e com o aumento da participação dos bancários. Desde a terça-feira (13), muitas agências estão de portas fechadas; até aquela data eram vinte e duas do Banco do Brasil, oito da Caixa Econômica Federal, sete do Bradesco, doze do Itaú, três do HSBC e treze do Santander.
Bancários de todo o Brasil completam o décimo sexto dia de greve. Ao todo, sessenta mil trabalhadores cruzaram os braços, parando setecentos e sessenta e um locais, sendo vinte e sete concentrações e setecentos e trinta e quatro agências. Os bancos propuseram 7,5% de reajuste, sem abono, termos que foram rejeitados na mesa de negociação pelo Comando Nacional.
ASSEMBLEIA
Durante a assembleia organizativa da greve, na última segunda-feira (19), ocorrida na Quadra dos Bancários, em São Paulo, a categoria demonstrou disposição para manter e ampliar o movimento. “A greve está forte e quem toma conhecimento dos lucros e dos nossos motivos presta o apoio”, avaliou a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.