O prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) afirmou, em entrevista ao Jornal Cidade, que pretende apresentar em breve um projeto de lei para instituir uma ‘mini’ reforma administrativa de cargos de provimento em comissão na Prefeitura de Rio Claro. Segundo o chefe do Poder Executivo, a discussão já acontece e deverá ter resultados em breve. Na última semana, 130 funcionários temporários que haviam sido contratados pela gestão anterior foram demitidos após orientação do Ministério Público.
“Eu sempre me posicionei de maneira clara e transparente, para todos, que sempre defendi a necessidade de cargos de cheia, assessoramento e direção. Nunca escondi de ninguém, é claro, com aquelas ressalvas. Com quantidade adequada e salários compatíveis, e desde que, efetivamente exerçam essas funções”, declarou Perissinotto durante o programa Direto da Redação, nas redes sociais do JC na última sexta-feira (29).
No ano passado, o então prefeito João Teixeira Junior (DEM) havia entregue um projeto de lei que promovia a reforma administrativa tanto na Prefeitura, quanto no Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) e Fundação Municipal de Saúde. Somente para essa última autarquia, porém, que o texto foi aprovado. Com a ajuda dos vereadores Rogério Guedes (PSL) – hoje vice-prefeito – Yves Carbinatti (PSD) – hoje secretário de Turismo/Esportes, Carol Gomes (Cidadania) e Thiago Yamamotto (PSD), as demais matérias foram derrubadas.
Gustavo, porém, acredita que há um ‘desarranjo’ ocasionado pela falta de cargos comissionados de gerenciamento dentro do poder público. “Quando você não tem esses cargos, não tem controle. Seu diretor, gerente, estão lá para executar, o que representa um ganho de eficiência. A lógica é outra. O que acontece é que em alguns momentos esses cargos, país afora, foram ocupados por apadrinhamento, acomodação. Desde que bem ocupados, são importantíssimos”, afirma.
Ainda segundo o prefeito, a ideia para o novo projeto de reforma é incluir novas funções de confiança para os servidores concursados, como forma de valorização. Atualmente, a Prefeitura já tem utilizado do recurso para nomear funcionários públicos de carreira em cargos de chefia de núcleos através de lei anterior.