O prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) aguarda a entrega de um estudo da concessionária Eixo-SP para se definir uma solução para o problema no chamado “trevo da Viviani”. A rotatória que liga a Avenida Tancredo Neves com a Rodovia Washington Luís (SP-310), na altura do km 174, gera dor de cabeça há décadas e vem registrando cada vez mais tráfego de veículos nos últimos anos. Estimativa da Prefeitura de Rio Claro é de que mais de 20 mil veículos passem diariamente pelo trecho que, ainda não se sabe o porquê, não foi incluído na lista de obras para a nova concessão.
“Em atenção aos questionamentos encaminhados, a Eixo-SP confirma a realização dos estudos de tráfego para verificar quais são as soluções mais adequadas para a referida obra no km 174 da Rodovia Washington Luís (SP-310), em Rio Claro. A concessionária informa ainda que os estudos devem ser concluídos no prazo de 180 dias”, comunicou nessa semana ao Jornal Cidade. Segundo apurado, há uma expectativa para que a administração municipal receba esse estudo ainda neste ano de 2023, o que não foi confirmado pela concessionária.
A reportagem do JC revelou em março que o contrato assinado pela Eixo-SP com o Governo de São Paulo para gestão da pista não prevê um novo dispositivo para melhorar as condições de trânsito no local. A Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) comunicou na época que somente está prevista no contrato vigente com a concessionária Eixo-SP a implantação de vias marginais entre os km 171 e 177 da rodovia.
Também, novos dispositivos de acesso nos km 171 e km 175. O km 174, onde fica a rotatória da Viviani, não está contemplado. Outras melhorias podem ser incluídas mediante análise do Governo do Estado, Artesp e concessionária, afirmou a agência na época.
No último mês de julho, prefeito Gustavo recebeu a visita do secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini. O representante do Governo do Estado esteve no “trevo da Viviani” para ver de perto a situação no local, em seguida se reuniu junto ao prefeito com os vereadores no Paço Municipal e o ex-deputado Aldo Demarchi. Na oportunidade, Benini lembrou que o antigo projeto da Centrovias é muito caro.
“A Eixo-SP está no início da operação, R$ 200 milhões é um peso muito grande [referindo-se ao projeto anterior]. O que seria mais eficiente, para desenhar o que precisa de verdade, é um anteprojeto e conversarmos com todo mundo. O governador vai querer, se deixar num valor factível para contar com a boa vontade dele”, afirmou na reunião Benini, a qual a reportagem do JC acompanhou.
No ano de 2019, durante consulta pública realizada no município para se debater a nova concessão, o então governo do ex-prefeito João Teixeira Junior apresentou demanda para se construir o novo dispositivo no local, conforme a própria Prefeitura divulgou na época. Até agora, porém, não se deixou claro o motivo pelo qual a obra, por fim, não foi incluída no processo de concessão. Nos bastidores, fala-se em jogo político envolvendo certos indivíduos. Quais, exatamente, não foram citados publicamente.