Diagnóstico precoce das hepatites virais é fundamental para o sucesso do tratamento; em muitos casos, sintomas só aparecem quando fígado já está comprometido
No chamado Julho Amarelo, as equipes da saúde reforçam a realização da testagem para detectar as hepatites virais. Em entrevista à Rádio Jovem Pan News nessa terça-feira (25), a infectologista Suzi Berbert, que atua no Serviço Especializado em Prevenção e Assistência para HIV/Aids/Hepatites Virais – Sepa, alertou para a importância do diagnóstico precoce. “Qualquer uma dessas hepatites virais, elas dão os mesmos sintomas, que são as manifestações agudas, o amarelo nos olhos, dor na barriga, vômitos e mal-estar. A diferença é que algumas dessas hepatites podem se tornar crônicas. No caso das hepatites B e C, muitas vezes, o corpo não consegue dar conta e elas se tornam crônicas. Muitas vezes, elas evoluem de forma silenciosa. Costumamos dizer que o fígado é um órgão que demora pra gritar”, explica a médica.
Quando não diagnosticadas, as hepatites virais podem acarretar complicações, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado. A hepatite A está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. Quanto à hepatite B, ela atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. “Tanto hepatite A, como hepatite B são prevenidas por vacinas, que são oferecidas gratuitamente pelo SUS”, informa Suzi. Para prevenir a hepatite B também é indispensável o uso do preservativo na relação sexual. Já a hepatite C tem como principal forma de transmissão o contato com sangue.