Adriel Arvolea
Em 2016, as escolas de samba de Rio Claro – A Casamba, Grasifs, Samuca e UVA – reuniram na Rua 3-A cerca de três mil componentes distribuídos em 50 alas. Juntas, atraíram 15 mil foliões que acompanharam os desfiles diretamente da Passarela do Samba. No entanto, em 2017, os números devem ser bem mais modestos diante das mudanças na programação do município para o Carnaval.
De acordo com o secretário de Esporte e Turismo, Ronald Penteado, não haverá desfile das agremiações na Rua 3-A neste ano. Os eventos carnavalescos serão concentrados na área central da cidade. “Em reunião com a Uesca (União das Escolas de Samba da Cidade Azul), definimos que haverá calendário único. Os eventos acontecerão no Jardim Público, para toda a família e às crianças, no resgate dos antigos carnavais, com a presença de baterias das escolas, casais de mestre-sala e porta-bandeira e outros atrativos”, disse em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Excelsior Jovem Pan News, nessa quinta-feira (12).
A atual administração municipal afirma que não há recursos para o financiamento da festa popular, diante do agravamento da crise econômica que atinge Rio Claro e o País. Logo após as Eleições 2016, o prefeito eleito Juninho da Padaria (DEM) anunciou que os R$ 4 milhões em verbas públicas que seriam investidos no Carnaval 2017 serão aplicados na Saúde.
“Os quatro milhões para o Carnaval serão investidos na Saúde. Vamos ter Carnaval com dinheiro privado, este é o compromisso com a cidade. Em campanha defendíamos, e como prefeito iremos fazer este compromisso”, disse Juninho à época.
Penteado defende que a parceria com o setor privado é uma solução para a continuidade dos desfiles de rua. “Estamos fazendo o planejamento para o ano. Queremos, por meio de eventos a serem realizados, angariar recursos para repassar às escolas. Vamos buscar parceria com a iniciativa privada para apoiar a festa, um patrocinador máster. Não é carnaval da prefeitura, e sim do povo. A programação de Carnaval deste ano será com recurso privado”, reforça o secretário.
No entanto, as escolas de samba devem realizar eventos paralelos em suas quadras junto à comunidade.