João Bidu fala sobre febre de signos nas redes sociais

Lucas Calore

João Bidu, um dos astrólogos mais famosos do país

O universo astrológico mexe com as pessoas há muito tempo. Na Antiguidade utilizaram o conhecimento e a mitologia de povos babilônios, egípcios, gregos e romanos para definir o zodíaco e os seus 12 signos.

O que se vê hoje em dia nas redes sociais é um “redescobrimento” da astrologia pela nova geração. São páginas e mais páginas dedicadas aos astros e previsões, nas quais inúmeras combinações de signos e informações sobre mapa astral são compartilhadas.

Joice Prado, professora de história e adepta da astrologia, ao mostrar interesse em assuntos astrológicos, uma nova geração parece nos mostrar que há uma tentativa de rompimento dos limites estritamente científicos e racionais que nos cercam atualmente. “Fugindo de dogmas religiosos, esses indivíduos buscam novas formas de compreensão do seu eu e de sua conexão com o meio, inclusive superando antigas concepções que tacham assuntos esotéricos como irrelevantes”, argumenta.

Para João Bidu, um dos astrólogos mais famosos do país e que possui coluna de previsões nos principais jornais do Brasil, incluindo no Jornal Cidade de Rio Claro, é “impressionante” a repercussão do tema entre os mais jovens.

“É curioso. Havia a sensação de que esta geração, muito ligada em tecnologia, não se ligaria tanto em astrologia, que é algo muito ‘velho’. Mas, que nada. Como a astrologia também entrou com tudo na internet e nas redes sociais, realmente é impressionante a aceitação”, disse ao JC.

Previsões

Bidu é astrólogo desde o ano de 1974 e diz que cada astrólogo tem a sua maneira de “ver” e interpretar os astros. Sobre ‘seguir’ o que as previsões dizem, o astrólogo afirma que a interpretação é que faz a diferença.

“Penso que é melhor a pessoa tentar ‘interpretar’ o horóscopo e aproveitar o que achar que bate mais com a sua vida, com o momento que está vivendo”, finaliza.

Influência

A psicóloga Adriana Rubio Wodewotzki lembra que não existe estudo científico que comprove, de fato, a influência dos signos na formação da personalidade da população.

No entanto, a profissional acredita que há muito ainda a se aprender com as ditas ‘ciências alternativas’. “Desde que não seja levado ao nível de fanatismo ou absolutismo, seguir os conselhos astrológicos de vez em quando não faz mal algum”, conclui.

Redação JC: