Jovem diagnosticada com tumor no pâncreas consegue valor para cirurgia

Aos 20 anos, Gabriela Cristina Pinto Zuim, moradora de Rio Claro, enfrenta um grande desafio. Diagnosticada com um tumor raro no pâncreas, conhecido como tumor de Frantz, a jovem precisa realizar uma cirurgia. Especialistas consultados indicaram que o procedimento ideal é o robótico, mas os custos são elevados e não são cobertos pelo SUS nem pelo plano de saúde de Gabriela. Assim, junto com familiares e amigos, ela iniciou uma campanha de arrecadação.

“Tudo começou quando eu voltava da faculdade no início de setembro. Comecei a sentir dor no lado esquerdo da barriga. Durante a noite, a dor ficou tão forte que acordei e fomos ao hospital do meu plano de saúde. Fui diagnosticada com virose, pois tive diarreia e vômito, recebi soro, mas a dor continuou”, conta Gabriela.

Após essa primeira visita, ela foi orientada a ir para casa. No entanto, Gabi solicitou um encaminhamento e conseguiu rapidamente uma consulta com um gastroenterologista.

“Minha mãe me acompanhou ao médico, e, ao examinar minha barriga, ele suspeitou de algo no pâncreas devido à dor que eu sentia. Pediu exames e, no ultrassom, uma alteração apareceu. Fiz outros exames mais detalhados, mas foi necessário um exame em Piracicaba, que demorou a ficar pronto. Inicialmente parecia ser um cisto, mas, no dia 21 de outubro, o diagnóstico foi confirmado: neoplasia pseudopapilar do pâncreas, também chamada de tumor de Frantz”, relata.

Após consultar diversos oncologistas e gastroenterologistas, Gabriela e sua família foram informados de que a cirurgia robótica seria a mais indicada para a remoção do tumor. No entanto, o SUS não cobre o procedimento, e o plano de saúde também não oferece essa cobertura.

“Preciso retirar o tumor, que costuma ocorrer em pessoas abaixo de 30 anos e pode crescer, comprimindo outros órgãos. Próximo ao pâncreas, passam várias artérias e veias que podem ser comprometidas. Os médicos explicaram que a dor foi um sinal de Deus, pois o tumor é silencioso e assintomático. A cirurgia robótica é indicada por ter menores riscos, especialmente em relação a sangramento, e ser menos invasiva. Precisarei retirar boa parte do órgão, pois o tumor está no corpo e na cauda do pâncreas, além de remover o baço e a vesícula”, explica.

VAQUINHA

Como a cirurgia não é coberta pelo plano nem pelo SUS, a solução encontrada foi uma vaquinha.

“Conversamos em família e decidimos tentar uma liminar no plano de saúde, além de iniciar a vaquinha, pois precisarei de R$ 100 mil para custear a cirurgia, que será realizada em Campinas, por um especialista de São Paulo. E felizmente, na tarde desta quarta-feira (6), melhor notícia chegou. Minha família recebeu uma ligação onde um pessoal se comprometia a arcar com o que faltava do valor. Só podemos agradecer.”, finalizou a jovem.

Laura Tesseti: