ARTUR RODRIGUES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Os jovens representam 17,7% dos infectados pelo novo coronavírus, mostra inquérito sorológico da Prefeitura de São Paulo.
Cerca de 1,3 milhão de pessoas se infectaram com o novo coronavírus na cidade de São Paulo, mostra o estudo. O resultado mostra que a capital paulista permanece com número similar de pessoas com anticorpos que em outras fases do estudo, demonstrando estabilidade na cidade, diz a gestão municipal.
O estudo já teve as fases zero, um, dois e três.
“Os números significam estabilidade da doença na cidade de São Paulo. Apesar de dois meses de flexibilização de atividade econômica, a gente mantém os mesmos índices”, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB).
O percentual de 17,7% de jovens aumentou se comparado com o de outras fases do estudo. Na fase anterior, foi de 12,6%. Na zero, foi de 8,7% e, na um, de 10%.
Segundo a prefeitura, entre as pessoas de 35 a 49 anos, o índice de prevalência foi de 10,6%. Entre os idosos acima de 65 anos, foi de 6,8%.
Covas afirmou que é a população que majoritariamente tem saído para trabalhar, mas também citou a realização de festas irregulares, como pancadões.
“Volta e meia, a gente ainda verifica a questão de pancadões, festas irregulares. Claro que tem também [o fato de que é] a principal faixa etária que tem saído para trabalhar”, disse ele, apelando para que esse público tenha responsabilidade. “Se observa, consolidado nos quatro inquéritos, é a prevalência maior na faixa etária do jovens entre 18 e 34 anos”.
Os resultados, com 96% de confiança, também demonstraram que há um recorte de classe e raça na prevalência do vírus.
O estudo concluiu que as classes D e E têm três vezes mais chance (14,3%) do que as classes A e B (4,7%) de terem contraído o novo coronavírus.