Suspeita de Ebola é descartada, mas Chikungunya é detectada, em Limeira

Wagner Gonçalves

O vírus da febre Chikungunya é transmitido por mosquito, do mesmo gênero do da dengue (Imagem: Reprodução)

Após apresentar sintomas do vírus do Ebola, um morador de Limeira deu entrada no hospital Santa Casa do município para ser submetido a exames clínicos, na última sexta-feira (17). As medidas de segurança foram tomadas para evitar possível contaminação, deixando-o em isolamento até que o diagnóstico fosse concluído. Neste fim de semana, os resultados descartaram o referido vírus, mas apontaram a Febre Chikungunya.

As suspeitas tiveram início quando o homem ao regressar de uma viagem do Haiti apresentou os sintomas. Com a detecção da febre, o paciente permanece isolado e em tratamento.

Apesar de ainda pouco conhecido, e com menor incidência de casos e de mortalidade, este tipo de febre necessita de acompanhamento e tratamento médico. De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 11 deste mês, no Brasil foram confirmados 337 casos sendo 87 confirmados por critério laboratorial e 250 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

A doença

A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos semelhantes ao transmissor da dengue. Os sintomas são febre alta, dor muscular e nas articulações, dores de cabeça, manchas avermelhadas pelo corpo, com períodos de duração que variam de três a dez dias. A Chikungunya, conforme a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) é pouco letal, sendo menos frequente que nos casos de dengue.

De modo similar ao da dengue, para evitar a proliferação do mosquito da Chikungunya é preciso eliminar os focos de criadouros, como deixar a caixa d’água bem fechada, evitar garrafas vazias com a boca para cima e pneus velhos, bem como verificar se as calhas não estão entupidas e, também, colocar areia nos pratos dos vasos de planta.

De acordo com a OMS, desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti – até então, apenas África e Ásia tinham circulação do vírus.

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