Adriel Arvolea
Rio Claro oferece uma rede de serviços para o recolhimento e destinação correta de resíduos, com ecopontos, coletas domiciliar e seletiva e Operação Cata bagulho. Mesmo com essa oferta, o despejo irregular de lixo é um problema crônico na cidade.
Na tarde do dia 28 de maio, quarta-feira, por exemplo, populares atearam fogo em montes com restos de construção civil e outros inservíveis num terreno localizado na Avenida 10, Jardim Guanabara II, atrás da Escola Estadual Prof. João Baptista Negrão Filho. Eram 15h30 e a unidade atingida pela fumaça estava em aula, com cerca de 200 alunos.
Ao invés de percorrer três quilômetros e despejar o entulho no ecoponto do Inocoop/Guanabara, que fica na Avenida Tancredo Neves com a rodovia Fausto Santomauro, os infratores preferem cometer o crime ambiental, cuja ação coloca em risco a saúde da população do entorno.
Nos ecopontos podem ser destinados materiais recicláveis (plástico, papel, papelão, vidro e metal), móveis velhos, isopor, aparelhos eletrônicos, lâmpadas comuns e fluorescentes, pilhas, baterias, restos de podas de árvores, entulho de construção (até um metro cúbico) e óleo de cozinha usado embalado adequadamente. Os ecopontos não recebem lixo orgânico, para o qual existe a coleta domiciliar.
Conforme avalia a vice-prefeita de Rio Claro e secretária de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema), Olga Salomão, o problema verificado no município pode ser atribuído ao individualismo de parte da população. “Por meio da Sepladema, observa-se que os que jogam lixo em locais impróprios o fazem por negligência. Rio Claro tem características do individualismo, uma cultura popular que não pensa no coletivo. Aquele que tem consciência não joga lixo na porta do vizinho ou num outro bairro. Esse sentimento do coletivo e pertencimento é uma questão que precisa ser trabalhada, seja por meio da escola e projetos sociais, na tentativa de mudar essa realidade”, pondera Olga.
Denúncias
Quem flagrar descarte de lixo em local inadequado deve comunicar o setor de fiscalização da prefeitura, pelo telefone 3522-1997. O serviço de recolhimento de lixo jogado em lugares impróprios é feito pela Secretaria Municipal de Obras no dia a dia de atividades que incluem vários outros trabalhos. Consequentemente, gera gastos extras aos cofres públicos para o recolhimento dos materiais inservíveis. “É um serviço com grande demanda, pois é feito em vários locais da cidade”, informa a secretaria.
Os pontos mais críticos da cidade são os trechos do anel viário da Unesp, Estrada do Matadouro, Jardim Inocoop, parte do Cervezão, São Miguel, Recanto Paraíso, Jardim Panorama, Jardim Maria Cristina, Nova Veneza e trecho da Rua Potencial (Distrito Industrial). A administração afirma estar atenta para acompanhar o crescimento da demanda.