Macrotendências mundiais são tema de encontro com presidente do Ciesp em Rio Claro

Palestra do Ciesp em Rio Claro aconteceu nessa sexta-feira, dia 30.

Palestra aponta avanços da tecnologia na saúde, educação e meio ambiente até 2040

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) promoveu uma palestra, nessa sexta-feira (30), com o presidente da entidade Rafael Cervone, a respeito das macrotendências da economia mundial até 2040. O encontro aconteceu no Grupo Ginástico e contou com ampla participação. O material apresentado abordou indicadores baseados em cruzamento de mais de 300 bancos de dados do Ciesp e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A apresentação foi dividida em nove áreas: saúde, alimentos, energia, infraestrutura, urbanização, perfil do consumidor, trabalho e qualificação, segurança e entretenimento e turismo.

Em entrevista ao Jornal Cidade, Cervone destacou a importância do debate deste tema. “Transfomamos bancos de dados mundiais em nove áreas, a sustentabilidade é uma delas que impactam o nosso dia a dia, nossos acordos internacionais, nossas produções e processos industriais. Estamos falando da sociedade 4.0, isso impacta a forma como pensamos e vivemos. O maior desafio é mudar a nossa cabeça para uma mudança tão rápida”, comenta.

De acordo com o presidente do Ciesp, além do aumento da renda média mundial, do crescimento do mercado consumidor na África e do envelhecimento populacional, a “saúde personalizada” é uma tendência importante à qual as indústrias devem se atentar.

Segundo ele, por exemplo, exames mais modernos, com capacidade de diagnosticar, com antecedência, doenças que podem acometer os pacientes no futuro, tendem a ser incorporados ao dia a dia dos serviços de saúde. Na mesma linha, cardápios nutricionais poderão ser customizados com o foco na prevenção das doenças às quais cada pessoa está mais suscetível.

Por outro lado, segundo Cervone, já há projetos para criação de funções de ultrassom e raio-X nos celulares, o que pode tornar mais acessível o monitoramento de doenças, com tecnologia e baixo custo. “O celular, que já pode ser usado como ferramenta na educação, vai poder ser usado para monitorar a saúde”, disse Cervone. Segundo ele, as mudanças tecnológicas devem impactar ainda a telemedicina, a indústria farmacêutica, a fisioterapia e o atendimento em geral dentro dos próprios hospitais.

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