A promoter Mariana Ferrer acusa o empresário André de Camargo de tê-la estuprado em uma festa em 2018. No mês de Setembro deste 2020, a justiça encerrou o julgamento, inocentando o acusado. O caso voltou à tona nesta terça (3), após o The Intercept Brasil divulgar os motivos pelos quais o acusado André Aranha foi absolvido.

Segundo a reportagem do Intercept, o promotor alegou que o caso se apresentou como “estupro culposo”, já que o acusado não teria como saber, durante o ato sexual, que a jovem não estava em condições de consentir a relação, não existindo portanto “intenção” de estuprar.

Ainda de acordo com o Intercept, imagens da audiência às quais a reportagem teve acesso “mostram Mariana sendo humilhada pelo advogado de defesa de Aranha”, que teria apresentado fotos íntimas que ela enviou para o empresário para comprovar o consentimento na relação sexual.

Esta foi a primeira vez que a justiça brasileira classificou um caso de estupro como culposo e, já que este crime não é previsto por lei, o autor não pode cumprir nenhum tipo de pena.

A decisão da absolvição de Aranha já havia gerado revolta do público em Setembro, que à época criou campanhas nas redes sociais pedindo justiça pelo caso. Com a divulgação dos motivos para o encerramento do julgamento, as redes sociais voltaram a ser movimentadas com movimentos como #justicapormariferrer e outros.

O caso

O estupro, segundo Mariana, teria ocorrido em 2018, em uma festa em Jurerê Internacional, em Florianópolis, onde ela, na ocasião com 21 anos, trabalhava como promotora do evento.

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