Mato alto em área externa de museu ultrapassa a altura do muro

Adriel Arvolea

O museu fica na Avenida 2 com a Rua 7 e é tombado como patrimônio histórico; a área dos fundos está tomada por mato

Na madrugada de 21 de junho de 2010, um incêndio, com labaredas de 15 metros de altura, atingiu o Museu Histórico e Pedagógico ‘Amador Bueno da Veiga’, um dos cartões-postais de Rio Claro. Foram necessários 100 mil litros de água para controlar as chamas que destruíram parte da estrutura. Desde então, está fechado para obras de restauro. No entanto, a única coisa que está sendo ‘preservada’ no local é o mato alto.

Na área externa do prédio, a vegetação já ultrapassa a altura do muro e cai sobre a calçada. Além do mato, há árvores de grande porte que precisam de poda. De acordo com o secretário de Manutenção e Paisagismo, Sérgio Guilherme, o trabalho de limpeza na área deve ser realizado em breve. “Estamos autorizados pela Sepladema (Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente) para limpar a área, que deve ocorrer nesta semana”, explica Guilherme.

Museu Histórico e Pedagógico ‘Amador Bueno da Veiga’

Outra questão que gera questionamentos é o andamento dos trabalhos de restauro do prédio. Em julho de 2010, a administração municipal anunciou o empréstimo de R$ 3,9 milhões, concedido pelo Ministério do Turismo, para a recuperação do patrimônio. Em 2011, o conservador e restaurador Antônio Luís Ramos Sarasá Martin, responsável pelos trabalhos, havia estimado que os serviços de recuperação tivessem início em janeiro de 2012 com término previsto para dezembro do mesmo ano, mas, ainda, estão em andamento.

De acordo com a prefeitura, o trabalho de restauração é minucioso. Pelo projeto, as instalações seguirão padrão de importantes museus nacional e internacional. “Por fora, está sendo recuperada a estrutura histórica e, por dentro, a concepção ecoa o que de mais atual existe em termos de museu. Os amplos salões, criados em três pavimentos – dos dois que existiam – poderão receber muitos eventos”, esclarece. Cento e dez toneladas de ferro sustentam o novo desenho do museu, obra acompanhada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Instalado no antigo solar do fazendeiro José Luiz Borges, o Barão de Dourados, o prédio foi construído em 1863. De arquitetura colonial, tinha, no seu interior, móveis e utensílios da época do Império. (Informações www.cidadespaulistas.com.br)

Redação JC: