Médica dá orientações sobre varíola do macaco

O Brasil monitora três casos suspeitos de varíola do macaco. De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Ceará – Sesa, no último dia 30, a pessoa que estaria contaminada é um residente da Capital que não teria tido qualquer contato com alguém contaminado e nem viajado para os locais onde a doença já foi registrada. Outros dois casos estão sendo investigados, um em Santa Catarina e outro no Rio Grande do Sul, totalizando três ao todo no país.

A médica infectologista e diretora municipal de Vigilância em Saúde da prefeitura de Rio Claro, Suzi Berbert, fala sobre a forma de contágio e sobre o estudo que aponta a proteção para quem recebeu a vacina contra varíola humana dada até 1980.

“A doença só é transmitida de pessoa para pessoa através de contato muito próximo, com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminadas. Deve-se manter distância de pessoas com sintomas ou utilizar máscara nesses contatos, e higienizar frequentemente as mãos após tocar em objetos e superfícies. Também é transmitida por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados. Os estudos mostram que quem tomou a vacina contra varíola humana (dada até 1980) tem proteção de cerca de 85% contra a varíola do macaco”, explica a profissional.

E a médica orienta. “Como no momento ainda não temos casos locais ou regionais, para que uma pessoa seja considerada suspeita, deve ter estado em regiões onde há casos confirmados ou ter tido contato próximo com um caso suspeito ou confirmado, além dos sintomas: quadro de febre, ‘ínguas’ e lesões de pele tipo ‘bolhas’ (o quadro lembra o de catapora, mas as lesões têm evolução diferente).”

CARTEIRA

Na carteira de vacinação é possível verificar o recebimento da dose da vacina. Caso não tenha mais o documento, é possível solicitá-lo na unidade de saúde/sala de vacinação mais próxima da residência onde morava ou costumava se vacinar na infância.

Laura Tesseti: