Osmar da Silva Junior alerta sobre a necessidade de represas e destaca projetos para garantir a segurança hídrica em Rio Claro diante das estiagens previstas para os próximos anos
A escassez hídrica, que levou a prefeitura de Rio Claro a implantar rodízio de abastecimento para os bairros atendidos pela Estação de Tratamento de Água – ETA 1, causa questionamentos sobre ações e projetos que possam garantir o fornecimento de água no presente e no futuro. Em entrevista à rádio Jovem Pan News nessa quarta-feira (23), o integrante do Comitê de Gestão da Crise Hídrica, Osmar da Silva Junior, falou sobre alternativas que podem ser buscadas caso o volume de água do Ribeirão Claro diminua ainda mais e também sobre projetos que o município precisa implantar para ter segurança hídrica, já que a previsão é de estiagens severas também para 2025 e 2026.
Para Osmar, Rio Claro precisa ter sua própria represa. “Tenho certeza que Rio Claro vai conseguir construir a ETA 3, a nova ETA 1, mas se não tivermos chuvas, não adianta ter as ETAs, então é uma situação bastante delicada. Daí a gente entra num outro patamar de discussão, que precisamos ter estruturas de reserva de água bruta, que são as represas. Todos os municípios vão precisar. É uma discussão que a gente tem que enfrentar”, comunicou.
O integrante do Comitê de crise garante que existem projetos em andamento na área. “Existem sim muitos planos, obras importantes a ser realizadas, existem estruturas que o Daae tem que executar (…) esses planos serão divulgados num momento oportuno (…) o momento que a gente vive é muito grave e as pessoas precisam entender isso, e são esses momentos de crise que pedem mudanças, mudanças e ações do poder público, no nosso comportamento, no nosso consumo, e isso mostra que a gente consegue viver com menos, a gente desperdiça muito”, diz. Osmar também falou sobre o decreto de emergência assinado pelo prefeito Gustavo.
“A gente tem conhecimento de algumas represas, de alguns poços existentes, inclusive o município tem um poço muito bom, desativado, que é o poço que atendia a Assistência. Mas é uma água que a população não está acostumada, que é uma água salobra. A gente tem conhecimento de alguns locais que, numa situação de colapso, a gente teria condições de retirar essa água com caminhão-pipa, qualquer tipo de bombeamento, e atender, por exemplo, um hospital”, acrescenta.