Menino Samuel será internado esta semana para dar início aos procedimentos para transplante

Samuel e o pai Elias Jerônimo que será o doador da medula óssea

“Eu vou fazer meu transplante e vou ficar curado”, comenta o pequeno Samuel, morador de Santa Gertrudes, que mobilizou junto aos pais uma grande campanha em busca de um doador de medula óssea que possa ser compatível e aumente as chances de curá-lo de uma leucemia mieloide aguda, que é um dos tipos mais agressivos da doença. A esperança, no entanto, está dentro de casa. Seu pai, Elias Jerônimo, é quem será seu doador. Ambos serão internados nesta terça-feira (23) para darem início ao trabalho médico que resultará no transplante, que será realizado em 1º de junho.

“A mieloide aguda tem do grau 1 ao 7, o dele é o grau 5. O caso dele é que ele tem a falta de um DNA, nisto a quimioterapia não combate a doença. Ele tomou as mais altas dosagens que tinham, mas ele recebe e a doença pode até dar uma pausa, mas acaba retornando”, comenta a mãe Andressa Aparecida. Com o diagnóstico em mãos, a família começou a buscar ajuda. Internado no Centro Infantil Boldrini em Campinas, os médicos informaram à família que ele precisa realizar o transplante de medula óssea dentro de um prazo urgente.

Até então, era necessário um doador de 90% a 100% de compatibilidade. Apesar da vasta campanha, que contou com centenas de participações na sede da Aspacer, em Santa Gertrudes. Dois possíveis doadores foram localizados, no entanto, infelizmente por conta da gravidade do caso de Samuel, sua vida corre contra o tempo e não haverá período hábil para a preparação dos doadores. Diante disso, a equipe médica optou por utilizar a doação da medula óssea de Elias, seu pai, que tem 50% de compatibilidade.

“O Samuel deu entrada em Jaú em março para começar os procedimentos do transplante. Em abril ele fez o quinto bloco de quimioterapia, atrasou e ele só voltou em maio. No dia 3 ele fez o mielograma, que dependia desse exame para verificar se poderia esperar por 100% de compatibilidade. Neste exame deu que não pode esperar”, acrescenta a mãe, que agradeceu o empenho de centenas de pessoas que se dispuseram a participar da campanha.

Segundo Aparecida, “o transplante, de tudo o que ele passou, vai ser o momento mais delicado pelo qual ele vai passar. Se Deus quiser vai dar tudo certo. É a cura dele. Essa medula que ele vai receber do pai é a cura que ele precisa para ter uma vida normal. Ele vai ter acompanhamento pelo resto da vida. Peço que todos continuem em oração por ele para que tudo dê certo”, finaliza.

Lucas Calore: