O mês de abril é, desde 2006, dedicado à conscientização e prevenção contra a crueldade animal e recebe o nome de Abril Laranja. A iniciativa partiu de uma ONG americana, a ASPCA, sigla que, traduzida, significa Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais.
O assunto tem ganhado cada vez mais espaço e, em Rio Claro, a causa é forte, mas infelizmente os animais sofrem também.
É o caso da Lakira, que há quatro anos está no antigo Canil Municipal, que hoje recebe o nome de Centro de Reabilitação de Animais Domésticos, aguardando um novo lar. Ela foi resgatada de uma situação de maus-tratos em 2018, quando ficava presa em uma corrente curta, num espaço sem abrigo para sol ou chuva. O cadeado que a prendia chegou a ficar preso nos ferimentos de Lakira, que precisou ser sedada para a retirada. Agitada e cega, espera por um lar onde receba muito amor, carinhos, respeito e uma vida digna.
“Atualmente as leis que asseguram os animais e seus direitos vêm desde a Constituição no seu art. 225, passando pela Lei Ambiental 9.605/98 em seu art. 32 e em Rio Claro a Lei Municipal 5.291/19 Código de Defesa e Proteção dos Animais (CDPA), que foi regulamentado no atual governo”, explica Renato Meyer Rodrigues, diretor do Departamento de Proteção Animal do município.
O diretor aponta que o departamento tem como objetivo a criação de políticas públicas e zeladoria pelo bem-estar animal do município.
“Além dessa principal função, contamos com o Centro de Reabilitação de Animais Domésticos, antigo canil municipal, que tem como principal atribuição resgatar animais em total estado de sofrimento, aqueles que não têm chance de sobrevivência, ou nas ruas ou em uma situação de maus-tratos, reabilitar esses animais e deixá-los em condições para adoção. Todos os animais são castrados, vacinados, vermifugados e microchipados antes da adoção. Vale a pena salientar que o Centro de Reabilitação de Animais Domésticos tem que ser encarado como um local transitório e não um lar definitivo”, fala.
Para adotar um animal o futuro tutor tem que ter, primeiramente, amor pelos bichos, ter a consciência de sua responsabilidade, ter condições para cuidados veterinários e alimentação, espaço adequado em sua residência, passar por uma entrevista com os veterinários do canil e por fim apresentar documentos pessoais e comprovante de residência.