Ministério Público arquiva inquérito da barragem em Corumbataí

A Promotoria de Justiça de Rio Claro determinou o arquivamento na última semana de um inquérito civil instaurado no ano de 2019 para investigar a situação de segurança envolvendo a barragem de um tanque de decantação desativado que está localizado em Corumbataí, município vizinho, e que foi classificada com dano potencial médio naquela época. A autoria foi do então promotor do Meio Ambiente, Gilberto Porto Camargo. O arquivamento foi proposto pela promotora Mariana Fittipaldi.

Conforme o JC noticiou em maio daquele ano, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça – Urbanismo e Meio Ambiente encaminhou uma listagem das barragens interditadas no Estado de São Paulo pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e dentre elas estava a de Corumbataí. Uma ação de interdição de 56 barragens pelo país ocorreu após esse relatório. Foram oficiados diversos órgãos, como Cetesb, MPF, Prefeitura de Corumbataí e a própria empresa responsável pelo local, a Mineração do Vale.

As que foram interditadas no Estado de São Paulo, num total de 6, incluindo a de Corumbataí, tiveram problemas na documentação. A empresa notificou ao MP que e nunca houve qualquer sinal de atenção, alerta e ou emergência na barragem, visto que, em sua atividade, o que atualmente existia era um tanque de decantação e que um relatório atestou a existência de fatores de segurança satisfatórios.

Segundo a promotora, conforme informação da Agência Nacional de Mineração (ANM), a barragem localizada em Corumbataí está regularizada. “O MPF não possui técnicos habilitados para perícia na barragem. A situação é bastante específica e a ANM, órgão público responsável por fiscalizar as barragens, após a apresentação de documentos pelos responsáveis, concluiu pela estabilidade do tanque de decantação”, promovendo o arquivamento da investigação. A promoção ainda deverá passar pelo Conselho Superior do Ministério Público.

Relembre

Na época, barragem havia sido apontada com risco de dano potencial médio em relatório da Agência Nacional de Mineração.

Lucas Calore: