Ednéia Silva
Mulheres do movimento negro de Rio Claro realizam neste sábado (14), no coreto do Jardim Público, uma mobilização para a Marcha Nacional das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver, que será realizada no dia 18 de novembro em Brasília. O evento acontece a partir das 10 horas e toda a comunidade está convidada a participar da atividade.
A assessora municipal de Integração Racial, Kizie de Paula Aguiar, explica que a mobilização faz parte das atividades que vêm sendo realizadas neste mês em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro. Segundo Kizie, a mobilização terá atividades culturais, panfletagem e manifestos, oficinas técnicas para crianças etc.
Kizie conta que uma delegação de mulheres da região irá participar da Marcha Nacional das Mulheres Negras em Brasília. O grupo conta com representantes de Rio Claro, Cordeirópolis e Piracicaba. A assessora informa que desde julho o grupo vem se preparando para a marcha nacional que terá manifestação na Praça dos Três Poderes onde fica o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. A marcha terá participação de comitivas de todo o Brasil. Somente do Estado de São Paulo, mais de 1.000 mulheres devem participar.
Para Kizie, realizar a Marcha das Mulheres é muito importante porque impulsiona a discussão de uma série de pautas. Ela lembra que foi através da Marcha Zumbi dos Palmares que foi criado o Estatuto da Igualdade Racial. A expectativa é que a Marcha das Mulheres consiga atingir os objetivos.
As mulheres negras vão marchar pelo fim do machismo e do racismo, pelo fortalecimento da identidade negra, pela igualdade de salários, pela garantia de direitos sociais, políticos e econômicos etc. Kizie comenta que no último 11 o Núcleo Impulsionador da Marcha das Mulheres Negras no Estado de São Paulo tem ato solene na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Segundo Kizie, o objetivo é entregar o documento a quem possa cumprir os objetivos elencados no texto. A assessora destaca que a mobilização para a marcha contou com o apoio da Força Sindical, Sindicato dos Químicos, do poder público, da Fequimfar, do Núcleo Impulsionador, entre outras entidades e pessoas que se sensibilizaram com a causa.