Sidney Navas
Moradores do Residencial Sebastião Santos Lima e imediações, no Jardim Maria Cristina, se arriscam diariamente ao usarem uma travessia junto à linha férrea que corta o bairro e região. A travessia, de forma improvisada, é usada geralmente por ciclistas e pedestres. Eles dizem que esse é o caminho mais próximo para atravessar o bairro e ir até o ponto de ônibus e/ou para chegar a outros locais da região. O bairro, já bastante populoso, vem aumentando com a chegada de mais um residencial habitacional. O movimento de crianças no local é constante e elas não se atentam aos perigos encontrados nessa travessia.
Daiane Cristina Campos, com duas filhas pequenas, se preocupa com o que vê. “O bairro é cheio de crianças, que ficam brincando perto da linha férrea. Os trens de carga passam por aqui de dia e de noite e, se nada for feito, logo alguém poderá ser atropelado”, comenta a mulher. Flávia Cristina Crematori também está preocupada. Segundo ela, a composição férrea passa em uma velocidade bastante reduzida e alguns jovens ‘pegam carona’ no trem. “Isso é um perigo e acidentes podem acontecer”, reclama. De acordo com os moradores, o movimento aumentou após a entrega de casas populares no bairro. Cerca de 70 famílias já foram contempladas e o conjunto habitacional cresce margeando a linha férrea. Conforme informações da prefeitura, o conjunto ‘Sebastião dos Santos Lima’ soma 365 casas e as novas residências são destinadas às famílias com renda na faixa de zero a R$ 1.395,00.
Questionada a respeito do problema e dos riscos enfrentados, a assessoria de imprensa da concessionária alerta para o risco de se cruzar a linha férrea em local proibido, e orienta a população a sempre utilizar as passagens de nível (PNs) e passagens de nível para pedestres (PNPs), onde é possível realizar a travessia de forma segura. “A companhia informa ainda que há um viaduto próximo ao local, que pode ser utilizado pelos moradores da área. A concessionária realiza constantemente campanhas de segurança nos cruzamentos com a linha férrea na região, para minimizar o risco de acidentes envolvendo veículos, pedestres e trens, além de palestras educativas em escolas próximas à malha”, finaliza a nota.