Motorista de Uber poderá gravar viagens com celular; entenda novo teste

Folhapress

A Uber anunciou nesta quinta-feira (27) um novo recurso para a segurança dos motoristas: a opção de gravar automaticamente as corridas diretamente pela câmera frontal do celular.

Batizado de “Record my Ride” (“Gravar minha corrida”, sem tradução oficial no Brasil), o recurso está em fase de testes em três cidades dos Estados Unidos (Cincinatti, Louisville e Nova York), e em duas no Brasil – Santos (SP) e João Pessoa (PB).

Anunciado durante o evento de segurança oficial da empresa, “Only on Uber”, a justificativa do app de corridas é aumentar a segurança dos motoristas sem obrigá-los a comprar uma câmera veicular, custo que, segundo eles, muitos deles não podem e nem querem assumir.

A ferramenta de gravação de vídeo já estava em testes desde 2019, no lançamento do U-Audio, o recurso de gravação de áudio durante as corridas. A empresa cogitou lançar o Record my Ride como um app separado e, por fim, integrou a função no próprio aplicativo. Os motoristas não precisarão pagar nenhum adicional pela ferramenta.

A Uber não anunciou por quanto tempo o recurso permanecerá em fase de testes, nem um prazo de expansão do Record my Ride para outras cidades.

COMO IRÁ FUNCIONAR

A ferramenta de gravação rodará diretamente dentro do app da Uber, e poderá operar tanto ao detectar câmeras veiculares já instaladas no carro quanto a câmera frontal do celular. Para ativá-la, o motorista deve ir diretamente nas configurações e escolher a função.

Assim como na função de gravar áudio, o passageiro será notificado de que o motorista estará gravando as imagens da corrida antes do veículo chegar ao local.

Uma vez ativada, as imagens não são exibidas na interface da corrida, sendo gravadas em segundo plano, e ficarão armazenadas no smartphone do motorista. No entanto, apenas a equipe de segurança da Uber poderá acessar as gravações.

“Assim como já ocorre no recurso de gravação de áudio, a gravação de vídeo e áudio também permanecerá criptografada no celular, sem que ninguém possa acessá-la diretamente – nem o próprio motorista, que não possui a chave da criptografia”, explica a assessoria de imprensa em nota.

Para que a Uber tenha acesso aos arquivos, o motorista deve enviar a gravação em anexo ao abrir uma reclamação de incidente de segurança. Autoridades locais também poderão solicitar acesso a essas imagens para a Uber em caso de investigações.

Redação JC: