Sidney Navas
A cena chega a ser hilariante. Marginais furtaram uma bicicleta (ou pelo menos boa parte dela) que estava devidamente travada e estacionada num bicicletário público localizado na Rua 6 entre as avenidas 3 e 5, em plena área central de Rio Claro. Com a sua roda dianteira travada no bicicletário, os larápios não pensaram duas vezes.
Eles arrumaram um jeito de desprender a roda travada e furtaram o que restou. Fotos do que ocorreu foram postadas na internet, ganhando as redes sociais e muitos comentários a respeito do fato. Não há informações oficiais se a vítima já procurou a polícia para registrar a ocorrência. Furtos em geral são comuns, mas não nestas circunstâncias.
O operador de máquinas Nilson Paes conta que, num prazo de dois anos, teve três bicicletas furtadas. “Um vez foi aqui no Centro mesmo. As outras duas vezes aconteceram em frente a um clube de recreação. “Deixei a ‘magrela’ no bicicletário e quando voltei vi que tinha sido furtada. No meu caso, os bandidos não deixaram nada para trás”, finaliza.
A cidade abriga hoje vários grupos formados por trabalhadores em geral que, depois do serviço e aos finais de semana, saem em comboios com suas bicicletas percorrendo a zona rural da região. As bicicletas usadas para esses fins são caras e podem chegar a até R$ 30 mil, de acordo com o modelo e material utilizado em sua fabricação. Os bandidos parecem ter percebido isso. Uma moça que integra um destes grupos foi roubada há cerca de dois anos e, sob a condição do anonimato, conversou com a reportagem do JC. Ela conta que estava ao lado de outras duas amigas na Rua 9, perto do Centro, quando em dado momento apareceu um marginal armado e levou sua bicicleta avaliada em aproximadamente R$ 2 mil.
“Foi tudo muito rápido e assustador”, completa. A mulher acrescenta que, graças a uma campanha realizada pelos amigos, comprou uma bicicleta nova, embora tema por outros ataques. “A gente sempre fica com receio”, explica. Normalmente formados por até 30 pessoas, todos os grupos se concentram em determinados locais e depois seguem o trajeto pré-estipulado. Os esportistas garantem que só visitam lugares conhecidos por pelo menos alguém que faça parte do comboio.