Nordestinos celebram dia e falam da vida em Rio Claro longe da terra natal

Os irmãos Iranildo e Iranilson da Cruz Oliveira

O Dia do Nordestino é comemorado anualmente em 8 de outubro, no Brasil. Esta data homenageia toda a diversidade cultural e folclórica típica da Região Nordeste do Brasil. O Jornal Cidade conversou com três representantes dessa região que escolheram Rio Claro para morar, compartilhar suas experiências e aproximar as pessoas da terra tão rica de que vieram.

Paulo Cavalcante é um deles. Natural de Canindé, no Ceará, ele falou com a reportagem por telefone, pois saiu de Rio Claro para visitar a família nos últimos dias. Há 20 anos ele montou um comércio na cidade com produtos típicos do Nordeste. Hoje ele conta também com o apoio dos sobrinhos Iranildo Cruz de Oliveira, 37 anos, e Iranilson Cruz de Oliveira, 35 anos. O trio nordestino tem orgulho de poder transformar um ponto comercial no Cervezão em um pedacinho do Nordeste.

Paulo Cavalcante em visita ao Santuário de São Francisco em Canindé (CE)

“Eu vim para o estado de São Paulo à procura de uma oportunidade de trabalho e com isso dar uma vida melhor e ajudar meus pais. Trabalhei um bom tempo como empregado, mas sempre tive vontade de empreender. Em 2003 pedi para ser mandado embora da empresa em que trabalhava em Limeira. Pedi orientação de um amigo que tem uma loja de produtos do Nordeste na cidade e vim para Rio Claro montar a minha. Hoje estou bem estabelecido no Cervezão, mas já penso em lugar maior. A procura por produtos típicos do Nordeste é alta e caiu no gosto da população. O que eu mais vendo é a rapadura e farinha”, conta.

Ajudando Paulo no comércio estão os sobrinhos Iranildo Cruz, 37 anos, e Iranilson Cruz, 35 anos. Enquanto o tio visita as raízes, eles se revezam no atendimento ao público: “Sou muito feliz em Rio Claro. Aqui tive a oportunidade de uma vida melhor. Em Canindé trabalhava na roça de milho. A pior parte é a saudade da família, mas hoje em dia com as ligações de vídeo pelo WhatsApp a distância encurta. Faz 12 anos que eu não vejo pessoalmente a minha mãe”, revela Iranildo.

Já o irmão Iranilson faz menos tempo. Há sete meses foi ver a mãe e matar a saudade do baião de dois: “É um prato típico do Ceará e confesso que não troco ele por churrasco nenhum. Eu também trabalhava na roça e hoje aqui em Rio Claro sou feliz com o que tenho construído, mas as raízes nordestinas seguem em meu coração e aqui no comércio aproximamos as pessoas dessa cultura tão rica, que é a nossa”, finaliza.

Vlada Santis: