Ramon Rossi
Araras se empenha, diariamente, para deixar o papel de vilã em relação à poluição do Rio Mogi Guaçu. O município, que não trata o esgoto desde 2015, chegou no ano passado a ocupar o primeiro lugar no ranking das cidades que mais degradam o Mogi despejando 6.708 kg/dia de demanda. Agora, mais uma etapa da obra está prestes a ser concluída.
A lagoa de aeração que integra o novo sistema em implantação para realizar o serviço está recebendo os últimos ajustes e será finalizada em breve. É nela que será feito o tratamento biológico dos efluentes, com a utilização de bactérias aeróbicas.
Apresentado pelo Saema (Serviço Municipal de Água e Esgoto do Município de Araras) e aprovado pelo Governo Federal, o projeto total prevê a utilização do processo de lodo ativado, com aeração prolongada, que compreende – além da lagoa de aeração – estruturas como pré-tratamento, decantadores, medidor de vazão, tratamento de lodo com leito de secagem de lodo e desinfecção de efluentes.
A primeira etapa da obra está prevista para ser concluída até dezembro de 2020 e terá capacidade de tratar 100% do esgoto doméstico, com 70% de eficiência. Em uma segunda etapa, a ETE chegará a 95% de eficiência de tratamento do esgoto produzido na cidade.
Reverter essa situação era uma das principais preocupações do prefeito Junior Franco (DEM), desde a época em que ele ainda era presidente do Saema.
“Não podemos aceitar uma cidade como Araras não tratar seu esgoto. Essa sempre foi uma das minhas principais preocupações quando estava no Saema. Batalhamos para resolver os entraves que envolviam a obra e colocá-la, definitivamente, em andamento. É uma questão de respeito ao meio ambiente e também à população”, completou o prefeito.
O valor total da 1ª etapa da obra é R$ 23.684.572,54, dos quais R$ 21.302.155,70 são recursos federais oriundos do PAC 2 e envolvem o contrato assinado com a construtora Augusto Velloso e os outros R$ 2.382.416,84, a contrapartida do Saema. A ordem de serviço foi assinada em dezembro do ano passado e a obra tem prazo de 24 meses para ser concluída. Já a 2ª etapa tem valor estimado de R$ 8,7 milhões e está em negociação com a Caixa para possível financiamento.
O Saema reforça que a nova Estação de Tratamento de Esgoto não vai emanar odores, exceto se houver a necessidade de parada no sistema para eventual serviço de manutenção.