Antonio Archangelo
O Jornal Cidade conversou com o atual presidente da Câmara Municipal de Santa Gertrudes, Marcelo Ferreira da Silva, do PDT.
JC: Vereador assumiu o cargo este mês, por que o presidente anterior José Luiz Vieira, o Ratinho, do PMDB, foi retirado do cargo após decisão da Justiça. O que de fato aconteceu, vereador?
Dr. Marcelo: O nosso Juiz Dr. André, aqui de Rio Claro, entendeu que o vereador José Luiz não poderia ter uma terceira gestão consecutiva como presidente da Câmara. Acatamos a liminar, estava como vice-presidente, na Mesa Diretora, e acabei assumindo o processo . Nesta legislatura ele assumiria os dois biênios, além da última legislatura. Ainda existe os meandros. Está sub-judice. Temos a expectativa de novas notícias, mas acreditamos que a situação não irá se reverter.
JC: Esta situação se arrastou por vários dias e claro que atrapalhou. Como está a retomada dos trabalhamos na Câmara de Santa Gertrudes?
Dr. Marcelo: Cada um tem sua maneira, cada um tem sua maneira de administrar. Eu sou uma pessoa organizada, gosto das coisas bem certinhas. Então à césar o que é de César. Cada funcionário tem sua atuação, em cada área e todos dentro do seu setor estavam executando tarefas que não lhe pertenciam.
JC: Então já foram feitas algumas mudanças?
Dr. Marcelo: Já fiz uma alocação de funcionários. Meu Chefe de Gabinete é uma pessoa que não era chefe anteriormente, mas era contratado para executar esta função. Então agora estamos tendo uma organização. E a partir desta organização já estamos vendo um pouco de luz no final do túnel, nesta história.
JC: Sabemos que existe uma questão de recursos, para manutenção do legislativo. Em Santa Gertrudes, esta questão é harmônica? O que é repassado pela prefeitura é o suficiente?
Dr. Marcelo: Não estamos só com problemas de manutenção. Estamos com problema de uma obra que está em execução, uma obra cara. Já estamos ultimando, para que em abril a obra seja concluída na parte de construção e depois faltará a parte de acabamento. Isso desonerará bastante a Câmara
JC: O senhor se refere a construção do novo prédio da Câmara de Santa Gertrudes?
Dr. Marcelo: Exato. O duodécimo da prefeitura vem vindo sempre no prazo estabelecido, como combinado anteriormente.
JC: A construção desta obra provocou diversos questionamentos desde o ano passado. Como o senhor analisa esta obra? O senhor apoia esta construção?
Dr. Marcelo: Olha… cada qual tem seu pensamento em relação a isso aí. Eu, talvez, não fizesse uma coisa tão grandiosa, neste momento. Estamos em um País que está meio confuso, na parte de dinheiro, do gerenciamento deste dinheiro está meio precário, Talvez aguardasse, fizesse uma coisa que pudesse crescer com o tempo, de acordo com a necessidade habitacional da região.
JC: O período não seria o adequado?
Dr. Marcelo: Eu não sei se faria uma coisa tão grandiosa, faria, mas não uma coisa tão grandiosa.
JC: Agora que está andamento não tem como abandonar a obra. Existe uma previsão de inauguração?
Dr. Marcelo: A entrega do prédio, por conta da construtora, é agora em abril, em meados de abril, segundo eles. Está faltando a parte elétrica, iluminação e tudo mais. Mas não existe previsão para a inauguração do prédio. Levantar parede é barato, o restante que é caro. Vamos ver o mobiliário, cadeiras para o auditório. Só para comprar estas cadeiras, você imagina o custo? É obvio, que serão utilizadas para diversas coisas. Vamos conseguir ceder este espaço para a prefeitura, e isso é válido, isso não é um peso muito grande. Fico imaginando, porém, uma audiência da Câmara com cinco pessoas para um auditório de 380 pessoas, vai ficar feio. Uma salinha já seria suficiente. Ainda mais com a transmissão pela televisão e internet, já que as pessoas acompanharão de suas casas.