Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa
“Não tenho dúvidas do que aconteceu em Santa Gertrudes: é devido à eleição que se aproxima.” Com esta declaração, o deputado Aldo Demarchi comentou no Jornal da Manhã, da Excelsior Jovem Pan News dessa quinta-feira (12), a reportagem do SBT que revelou supostos funcionários fantasmas na assembleia, incluindo assessores de Aldo e de seu companheiro de bancada e atual segundo-secretário Edmir Chedid (DEM).
Demarchi falou por diversas vezes que “não tem dúvidas” de quem teria denunciado o caso. Sempre negando que os assessores seriam fantasmas, já que se enquadram no que determina uma resolução da Assembleia.
“Foram pessoas de dentro de Santa Gertrudes, foi a segunda vez, querem atingir o João Carlos Vitte, não tenho dúvidas. É para atender o escritório de lá. É a segunda vez que acontece. A primeira foi com nossa jornalista e que foi inocentada. Nós sabemos. São as mesmas pessoas. Sabemos como eles fizeram, com câmara escondida, assim fica até difícil justificar, mas não tem ninguém fantasma”, disse.
Afirmando que irá manter o escritório expandido de Santa Gertrudes, Demarchi revelou que pelo menos 86 deputados da Assembleia respondem a casos semelhantes e que uma reunião foi realizada para tentar alterar o formato de cumprimento da carga horária. “Se eu não tivesse essas informações que estou repassando aqui, também ficaria revoltado, principalmente o trabalhador assalariado que tem que bater ponto”, desabafou.
Aldo lembra que a carga horária mínima de 40 horas é flexível de acordo com o que pede o mandato, e defendeu o atual formato. Para ele, os deputados do interior necessitam montar sua estrutura em seus redutos eleitorais. “Imagina se tivesse que ir para São Paulo para ter acesso ao deputado?”, indagou o político finalizando que “está com a consciência tranquila” por estar amparado na resolução vigente.