Adriel Arvolea
Entre a passagem de ônibus, caminhões, motos e carros, um cavalo pastava tranquilamente no canteiro central da Rua 6, no Grande Cervezão, na manhã de quarta-feira (10). O animal solto não se incomodava com o fluxo intenso de veículos, tendo os motoristas que desviar do ‘obstáculo’ que ocupava parte da via pública.
O caso reflete a situação em outros bairros. Com a desativação do serviço de apreensão e recolhimento de animais de grande porte soltos, como bois e cavalos, tornou-se comum esse tipo de ocorrência, com riscos à segurança pública e saúde.
Até então, a partir de denúncia de populares, bovinos e equinos eram capturados por funcionários do setor e levados para o piquete construído em área do antigo matadouro, no final da Rua João Polastri. No espaço, recebiam atendimento veterinário e cuidados com a alimentação, condição, muitas vezes, diferente da qual viviam nas ruas do município.
Para o motorista Gabriel de Sousa Santos, o caso preocupa, já que oferece riscos ao trânsito e pedestres. “Um cavalo ou boi solto na rua pode se assustar facilmente com uma buzina ou qualquer outro som. Com isso, pode sair em disparada e trombar contra um carro ou atingir uma pessoa. É questão de segurança pública e até de saúde. Algo precisa ser feito”, observa o munícipe.
Prefeitura
De acordo com a prefeitura, o município mantém o atendimento de animais em situação de risco ou vítimas de maus-tratos, mas o serviço de recolha de animais de grande porte será efetivado assim que o município dispuser de área própria e específica para esse serviço, uma vez que a área inicial não foi aprovada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
“No caso de reclamação, a prefeitura desloca equipe para averiguar a denúncia, atende o animal em caso de maus-tratos e localiza o proprietário, que é orientado sobre as devidas providências”, esclarece a administração em nota.
As demandas atendidas pelo município incluem denúncias de maus-tratos, abandono de animas em via pública, orientações sobre o trato com os animais domésticos e, também, o estímulo à adoção. Para comunicar casos de animais em situação de risco, o telefone para informações é (19) 3526-7156.