Operação do Gaeco com o apoio da Polícia Civil prende advogado em Itirapina

Dinheiro apreendido com advogado alvo da operação

A Delegacia de Polícia de Itirapina em apoio ao Gaeco, deu cumprimento ao mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão em face do advogado B. A. G. P. Os mandados são decorrentes da Operação Predador, deflagrada no em junho do ano passado que apurou a conduta de advogados que atuavam receptando dados privilegiados, proporcionando a demanda em massa em desfavor de várias instituições financeiras.

Enquanto os réus respondiam em liberdade, B.A.G.P. violou as medidas cautelares diversas da prisão, anteriormente fixadas, continuando a advogar por intermédio da assinatura de terceiros, recebendo valores, além de ter, segundo denúncias, cooptado testemunhas para depor em seu favor, motivando pedido de prisão preventiva, o qual foi deferido pelo juízo.

No cumprimento do mandado, foram apreendidos R$214.869,00 em espécie, cuja origem não foi comprovada, eis que as contas bancárias do advogado estão bloqueadas judicialmente. A diligência foi realizada pelos policiais civis da Delegacia de Itirapina, juntamente com os Promotores de Justiça do Gaeco, bem como acompanhada por um representante da OAB. O capturado foi encaminhado ao Forum local para audiência de custódia na forma presencial.

Entenda

Segundo se apurou, os profissionais, por vários anos, receptaram dados sigilosos de grandes instituições, sobretudo financeiras, e passaram a formar parcerias com escritórios do Brasil inteiro, compartilhando tais listas sigilosas, a fim de que o escritório parceiro assediasse os clientes com a promessa de recebimento de quantia proveniente de ação judicial, causando imenso prejuízo não só ao Poder Judiciário, mas também à própria classe, cujos integrantes foram tolhidos da oportunidade de atuar em inúmeros processos judiciais pela informação privilegiada obtida pelos investigados.

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