Carine Corrêa
“A PM invadiu o meu escritório e apontou a arma na cabeça da minha secretária”. São estas as palavras ditas pelo advogado Wlademir Varlei Cagnin sobre um episódio envolvendo a operação que está sendo realizada pela PM e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) nesta segunda-feira, 21 de julho, em Rio Claro (clique aqui).
O clima entre os advogados e a Polícia Militar segue sob tensão. O episódio ocorreu na parte da manhã. “Exorbitando do seu poder, a PM invadiu a sala de todos os advogados, expôs a vexame o meu nome de 30 anos de atuação profissional e fez a prisão de uma pessoa que eu estava atendendo dentro do meu escritório. Estou emocionalmente abalado com essa situação, nunca presenciei durante toda a minha carreira uma experiência desta”, diz Cagnin.
O conselheiro estadual da OAB e ex-presidente da OAB Rio Claro, Dr. William Nagib Filho, informou que ainda nesta segunda-feira encaminhará para imprensa uma nota de repúdio ao comportamento dos policiais. “Não havia nenhum promotor de justiça acompanhando os policiais nesta situação, em específico”, salientou.
Polícia
O 37º Batalhão da Polícia Militar de Rio Claro emitiu posicionamento oficial sobre o episódio através do Major Silveira. “Esta foi uma operação do GAECO realizada junto ao Ministério Público. Em cada ponto da operação havia um promotor de justiça acompanhando a ocorrência”, reforçou.
Segundo o comunicado, a prisão do indivíduo foi feita durante a entrada dele ao escritório. “Ele não estava na sala do advogado como foi relatado e havia mandado de prisão contra esta pessoa. A maneira com que os fatos foram relatados não procede”, finaliza.
A matéria na integra você confere na edição impressa do JC desta terça-feira, dia 22.