Carine Corrêa
Suzane von Richthofen, que foi condenada a 39 anos de prisão por participar da morte dos pais em 2002, ganhou na Justiça o direito de fazer faculdade enquanto cumpre pena. Suzane ficou detida no Centro de Ressocialização Feminino (CRF) de Rio Claro em 2006.
A faculdade que foi autorizada a cursar – Universidade Anhanguera de Taubaté – fica situada ao lado de Tremembé, onde Suzane está presa em regime semiaberto.
Embora tenha sido autorizada pela Justiça a frequentar o curso superior em Administração de Empresas, Suzane ainda aguarda licitação da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para aquisição de tornozeleira eletrônica.
Para você, preso pode fazer faculdade?
As opiniões divergem, se, por um lado, há quem defenda a ressocialização dos presos como forma de reintegrá-los à sociedade, de outro, há quem não tolere a saída de detentos para cursarem ensino superior.
Advogado criminalista, Edmundo Canavezzi, por exemplo, tem convicção de que apenas a reclusão não é capaz de reintegrar o detento. “A pena deve incluir a retribuição, prevenção e educação”, frisou. Já o educador físico Wallace Firmo acredita que quem entrou no crime não tem direito a uma segunda chance.
Em RC, presa faz faculdade
A Secretaria de Administração Penitenciária confirmou que, em Rio Claro, uma reeducanda do Centro de Ressocialização Feminino cursa nível superior na Universidade Anhanguera no período noturno. “A reeducanda vai a pé para a faculdade, pela proximidade com a unidade.
No CR há o ensino fundamental e médio e o Programa de Educação para o Trabalho, em parceria com a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel”, que busca contribuir para a reintegração social dos presos por meio do aprendizado e ampliar as habilidades dessas pessoas para o ingresso no mercado de trabalho”, informou via assessoria.