Pedintes continuam no Terminal apesar da presença da Guarda Municipal

Carine Corrêa

PEDINTES: a Guarda Civil Municipal orienta que passageiros procurem a base em caso de desconforto com moradores de rua no Terminal Rodoviário

Problema crônico em rodoviárias de vários municípios, a presença de pedintes nos terminais traz insegurança aos passageiros. Em Rio Claro a permanência de moradores de rua nas seções de embarque e desembarque é frequente. “Todos os dias eles estão aqui. Existem aqueles que ficam vários dias perambulando no terminal, como é o caso de uma mulher que está aqui há pelo menos um mês, dia e noite”, informa o taxista ‘Tim’. “Com frequência aparece um ou outro que fica dias na rodoviária e acaba virando ‘figurinha carimbada’. É uma situação bem desagradável aos passageiros”, acrescenta o taxista.

O casal Anderson Ventura e Sandra Silva aguardavam por um ônibus no terminal. Para os dois, a questão está relacionada ao uso de drogas. “Na maioria das vezes eles pedem dinheiro para poder comprar drogas. Chego a oferecer salgado, mas o que eles querem é dinheiro, infelizmente”, comenta Ventura.

A reportagem conversou com quatro pedintes que estavam na rodoviária nessa segunda-feira (8). Um deles, que preferiu não se identificar, confessou ser usuário de drogas. “Vim para Rio Claro, mas não sei como será meu dia hoje. Todos os dias são assim”, comentou. O colega Francisco José dos Santos conta que é natural da Bahia e que começou a morar na rua depois de sua separação da mulher no outro estado. “Não sei por que estou nessa vida. Meu plano para hoje é ir para Guarulhos e tentar a vida em uma firma”, refletiu com um ar de esperança.

A Guarda Civil Municipal informou que, em caso de insistência dos pedintes, os passageiros podem denunciar à base da GCM instalada no piso superior do Terminal. “Nessas situações encaminhamos os moradores de rua para Casa Transitória, onde recebem vestes limpas, além de uma passagem paga pelo município para a cidade de origem”, explica o comandante da Guarda Municipal de Rio Claro, Wladimir Valter.

Redação JC: