Carine Corrêa
Nas últimas semanas, a Polícia Militar recebeu mais de 40 ameaças, conforme divulgado pela Associação de Praças Policiais Militares da Ativa e Reformados do Estado de São Paulo (Appmaresp).
Segundo o presidente da Associação, Marco Oliveira, as ameaças chegam via COPOM, através do 190, o que engloba 14 cidades da região, inclusive o município de Rio Claro. “A associação surgiu em maio de 2012 da necessidade dos policiais se expressarem”, explicou Oliveira.
Ele conta que o diálogo entre a Appmaresp e o comando do policiamento na região de Piracicaba (CPI-9) foi abalado em 2013, quando denunciaram corrupção dentro do comando. “Cinco denúncias ainda estão em apuração pelo Tribunal da Justiça da Polícia Militar”, salientou.
Marco Oliveira ainda explica que o Código Penal Militar em seu artigo 166 dá subsídio à corporação para que o PM que publicar ou fizer crítica indevida possa ser penalizado com até um ano de detenção. “Essa base legal faz com que os policiais não denunciem as ameças, temendo a reação do comando em puni-los”, disse o presidente.
O aumento no número de denúncias coincidiu com o episódio em que o sargento Brito da Polícia Militar de Piracicaba sofreu um ataque no último dia 14.
O comando do CPI-9 encaminhou nota contestando e repudiando as informações prestadas pela Associação: “30 policiais militares foram ameaçados e as situações estão sendo investigadas pelo Comando”.