Sidney Navas
Em uma operação deflagrada pela Polícia Federal, três pessoas foram presas na tarde de ontem, quinta-feira (20), no interior de um sítio localizado no distrito de Itapé na divida entre Rio Claro e Corumbataí com 52 peças de pasta-base de cocaína. Entre os presos estão um sargento da Polícia Militar de Mato Grosso, além de um assessor parlamentar e uma mulher. Os nomes dos presos não foram divulgados pelas autoridades, que levaram o trio até a sede da PF em Piracicaba. Além do entorpecente, os policiais também apreenderam quatro carros de luxo. Debaixo de chuva forte, o comboio das viaturas despertou a atenção dos demais motoristas que trafegavam pela rodovia Washington Luís (SP-310).
A operação, batizada como Monte Pollino, São Domingos e Pandemônio, ocorreu em todo território nacional e em mais nove países, contando até mesmo com o apoio da Interpol, a chamada Polícia Internacional (veja mais detalhes da mobilização na página A-9). Na região de Rio Claro, guardas civis municipais e policiais militares da Força Tática também deram apoio durante a apreensão. Cães farejadores percorreram a propriedade rural atrás de mais drogas, mas não teriam encontrado mais nenhum entorpecente.
O delegado Victor Hugo, de Ribeirão Preto, disse à reportagem do JC que o entorpecente apreendido será pesado, mas é bem provável que as medidas ultrapassem os 70 quilos. O cerco contra o tráfico em todo o Estado de São Paulo vem aumentando cada vez mais. Apesar das autoridades negarem, mais essa enorme apreensão deixa claro que Rio Claro e região são usadas como rota de tráfico pelos criminosos. A pasta-base ainda seria refinada para depois então ser comercializada. Isso aumenta o lucro dos traficantes. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, a quantidade de entorpecentes, armas e munições movimentada é capaz de gerar altíssimos lucros para os traficantes. Os entorpecentes apreendidos durante a investigação estão avaliados em aproximadamente R$ 9 milhões.