Polícia descarta agressão a Joice e diz que deputada caiu da própria altura

WASHINGTON LUIZ
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu nesta sexta-feira (13) que a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) sofreu um incidente causado pela “queda da própria altura” e descartou a possibilidade de ela ter sido vítima de agressões.


Em nota, a corporação informou que, “no caso, não se evidenciou quaisquer elementos que apontassem para a prática de violência doméstica ou atentado/agressão por parte de terceiros”.


Ainda de acordo com a PCDF, o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público e corre em segredo de justiça. A deputada ainda não se manifestou sobre a conclusão das investigações.


As investigações começaram após Joice ter relatado um incidente na madrugada do dia 18 de julho, no qual teve cinco fraturas no rosto, uma na coluna e diversos hematomas pelo corpo.


A deputada disse não saber exatamente como ocorreram os ferimentos. Ela ainda contou ter despertado, pela manhã, no chão do corredor entre o quarto e o banheiro do apartamento funcional onde mora em Brasília.


Segundo Joice, ela se lembrava apenas que, antes de acordar com os ferimentos pelo corpo, estava assistindo a um seriado na companhia do marido. De acordo com ela, foi ele quem a socorreu.


“Nós tradicionalmente dormimos em quartos separados. Os quartos ficam um pouquinho longe um do outro, porque ele ronca, tadinho. Eu boto ele para fora”, contou à época.


Ela também negou que os ferimentos que apresentava no corpo fossem resultado de um episódio de violência doméstica e levantou a possibilidade de ter sido vítima de um atentado.


A parlamentar ainda contou que encontrou no apartamento um objeto que podia ter relação com o episódio e levantou suspeitas sobre a interferência do governo Jair Bolsonaro na Polícia Federal.


No dia 20, Joice fez exames e os resultados indicaram que poderia ter sido um atentado, e não uma queda ou acidente. A deputada disse ter feito os exames no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, que constataram as lesões.
O Depol (Departamento de Polícia Legislativa) foi acionado e investigou o caso. Segundo o órgão, as câmeras de segurança do prédio onde mora a deputada em Brasília não registraram a entrada de nenhuma pessoa estranha de quinta-feira (15) a terça-feira (20), segundo a perícia realizada no local.

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