Folhapress
O suspeito de ter feito os disparos que mataram duas pessoas durante uma festa sertaneja em Piracicaba, no fim de semana, se entregou nesta terça-feira (22) à Polícia Civil. Ele é um policial militar que trabalha na capital paulista.
A informação de que ele se entregaria foi divulgada durante a manhã pelo advogado Adilson Borges, que foi contratado para defender o PM, que ainda não teve o nome divulgado.
O suspeito foi à festa “Fervo” armado e, em um determinado momento, se envolveu em uma confusão. Segundo a Polícia Civil com base em depoimentos de testemunhas, os tiros foram dados após uma briga de casal.
Os tiros ocorreram durante show da dupla sertaneja Hugo e Guilherme, que interrompeu a apresentação para o resgate das vítimas.
A delegada Juliana Ricci, responsável pela investigação, confirmou que o suspeito se entregou na sede da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba no final da manhã e está prestando depoimento.
“Inicialmente lamentamos profundamente as mortes ocorridas e queremos prestar as máximas condolências às famílias das vítimas. Em respeito à ética profissional, não podemos trazer informações acerca dos fatos”, informou o advogado Borges.
Um dos disparos acertou Leonardo Victor Cardozo, 26. Segundo a polícia, estaria próximo ao casal e tentou intervir, quando foi baleado. O jovem morreu no local.
A outra vítima estava na pista. Heloise Magalhães Capatto, 23, estudante de odontologia da Unicamp, chegou a ser resgatada por uma equipe da própria organização, mas também não resistiu.
Outras duas pessoas também foram baleadas.
Uma delas foi ferida de raspão, nas costas. Em depoimento à Polícia Civil, ela contou que não sabia de onde veio o tiro nem conhecia nenhum dos envolvidos. A vítima procurou atendimento particular e está bem, segundo os investigadores.
A quarta pessoa está internada na enfermaria do Hospital dos Fornecedores de Cana, em Piracicaba, e não corre risco, segundo a administração da unidade. Ela foi atingida na orelha e têmpora.
A Polícia Civil informou, nesta terça-feira, que recebeu 500 imagens tiradas pelo fotógrafo oficial da festa.
Uma das testemunhas disse que teria condições de reconhecer o atirador. Mas, com o homem se entregando, a delegada ainda não informou se vai chamá-la novamente.