Pombos são bonitinhos, mas perigosos para a saúde humana devido a doenças

Ednéia Silva

Pombo procura por alimentos em frente a uma lanchonete na Rua 1, defronte ao terminal de ônibus urbano na antiga Estação

Além dos caramujos que proliferam rapidamente em período de chuva, a população também sofre com a superpopulação de pombos no município. A alimentação inadequada e os abrigos fornecidos pela arquitetura urbana facilitam a procriação dessas aves, que são um risco para a saúde humana porque transmitem mais de 50 tipos de doenças, a maioria através da fezes.

Por conta disso, a população deve tomar cuidado no contato com os pombos. O alerta foi feito por Solange Marscherpe, do Departamento de Informação, Educação e Comunicação (IEC) do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) no programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan nessa quarta-feira (17). De acordo com ela, o problema é sério e ocorre em vários pontos da cidade.

No terminal de ônibus urbano na antiga Estação Ferroviária, os usuários convivem diariamente com os pombos. Mesmo com limpeza diária, é comum encontrar fezes no chão e sobre os bancos. Solange conta que a prefeitura já adotou várias medidas, mas não conseguiu resolver o problema. Foram feitas campanhas de orientação às pessoas, distribuídos panfletos, colagem de cartazes etc. Agora está buscando ajuda externa para verificar o que pode ser feito no local.

Para que o problema não se agrave, Solange ressalta a importância de não alimentar os pombos. Abrigos nos telhados das residências e outros imóveis também devem ser fechados. Todo cuidado é pouco na hora de lidar com as aves. Solange explica que as fezes nunca devem ser limpas secas e sim umedecidas com solução à base de cloro antes da limpeza. A pessoa deve usar máscaras no nariz e na boca e luvas. As mãos devem ser lavadas após o término do serviço.

Os pombos podem transmitir mais de 50 tipos de doenças. A transmissão é feita quando uma pessoa inala os fungos que são encontrados nas fezes das aves. Entre as doenças que os pombos podem causar estão a criptococose, histoplasmose, salmonelose, ornitose, além de parasitas como ácaros e piolhos. Quem tiver problemas com as aves e precisar de orientações sobre como proceder pode solicitar uma visita da equipe do CCZ por meio do telefone 156.

Redação JC: