Antonio Archangelo
O Programa Na Roça debateu, no sábado, 7 de fevereiro, a polêmica questão do financiamento público dos desfiles das escolas de samba em Rio Claro. Durante a semana, a população opinou sobre a questão no Portal JC (www.jornalcidade.net) e, para 88%, o carnaval teria que ser bancado com recursos da iniciativa privada.
Para o jornalista Emerson Augusto, é tudo uma questão de gestão, ainda mais “num ano em que a prefeitura não teve fôlego” para honrar contratos e pagar, na totalidade, o rendimento dos servidores municipais. “Tudo uma questão de gestão, pois sabemos que muitos dirigentes de escola de samba passam o ano com dívidas para custear o desfile que custa cerca de R$ 250 mil”, disse, ao se lembrar de quando fazia parte de uma escola de samba em Rio Claro.
Para o ex-presidente da escola de samba A Casamba, Cidinho Geniselli, as escolas sempre dependerão da infraestrutura oferecida pela prefeitura, porém existe uma expectativa de que, ano a ano, as escolas dependam menos de repasses do poder público, cerca de R$ 70 mil em 2015, para fazer o desfile na Passarela do Samba.
“As escolas sempre dependerão da infraestrutura: arquibancada, banheiro químico, isso não é de competência da Uesca”, comentou.
Valdir Duarte relembrou o período glorioso Carnaval na década de 80, quando a Comissão Permanente do Carnaval conseguia adquirir arquibancada, iluminação e exportava a festividade, chegando a ser considerado pela grande imprensa brasileira como quinto maior carnaval do Brasil. “Não fomos nós que demos o título de Capital da Alegria, foi a imprensa de São Paulo, do Rio de Janeiro. A população tem que entender que a prefeitura compra o show das escolas e oferece a infraestrutura de acordo com orçamento. O dinheiro para Educação e Saúde não é alterado em função disso”, mencionou Duarte.
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