Presidente afirma que, sem sede, Escola de Samba UVA não participa do Carnaval

Lourenço Favari

Presidente da UVA, Kaira Guastalli, em entrevista logo depois de reunião com administração

Em entrevista, a presidente da escola de samba Unidos da Vila Alemã (UVA), Kaira Guastalli, disse que participou de reunião com a vice-prefeita Olga Salomão e o secretário de Agricultura, Carlos de Lucca, na qual foi informada de que a decisão de cessão do galpão da Vila Martins para agremiação foi revogada.

O encontro, segundo ela, aconteceu no final da tarde dessa sexta-feira (29) e contou com a participação de outros dois membros da escola de samba, da vereadora Raquel Picelli, além de cerca de 15 agricultores.

>>> Uesca elege ordem do Carnaval 2016

“A Olga se disponibilizou a procurar um lugar para acomodar a escola, mas será um lugar provisório”, lamenta, ao frisar que sem sede não é possível trabalhar para o desenvolvimento da agremiação.

Questionada sobre os motivos apresentados no encontro para que a escola não ocupasse o galpão, Kaira explicou que projetos serão desenvolvidos pelos agricultores no local. “O motivo que eles falaram foi que os agricultores têm planos para o espaço.”

Um pouco desestimulada em função da prefeitura ter recuado da decisão, Kaira enfatizou a importância do local para a história da escola, mas acrescentou que, diante do cenário, aceitaria a instalação da sede em outro local. “Não tem mais necessidade de ser no Espaço Livre, mas temos que ter um lugar para chamar de nosso”, enfatiza

Kaira assumiu a presidência da UVA no dia 19 deste mês com a principal meta de conquistar para a agremiação a sede própria. “Sem sede não se cria vínculo, não dá para levantar dinheiro. É meu foco na presidência. Se não conseguirmos um espaço, não vamos desfilar, a UVA estará fora do Carnaval. É isso ou eu renuncio e deixo meu cargo à disposição”, garante.

PREFEITURA

Em contato com a assessoria da prefeitura, a reportagem foi informada de que o gabinete do prefeito desconhece o teor da reunião.

COOPERATIVA

Para a equipe do JC, o presidente da cooperativa dos agricultores, José Roso, disse que também participou da reunião e que a vice-prefeita sugeriu outros locais para a escola de samba. “A Olga falou que existem outros espaços. Depois, os membros da escola acabaram vendo que não tinha como colocar a escola no nosso galpão. Mas não ficou tudo resolvido. Não vamos desistir do nosso espaço”, argumenta.

O CASO

Na sessão da Câmara da última semana, a vereadora Raquel Picelli se posicionou contrária à decisão do prefeito em ceder o galpão do Espaço Livre na Vila Martins para a escola de samba Unidos da Vila Alemã (UVA). O local é ocupado pela Cooperativa dos Agricultores Familiares de Rio Claro e Região, que também criticou a cessão desse espaço.

Redação JC: