Nelson Callegari Jr. leciona desde 2005 na universidade de Rio Claro e coordena um projeto de popularização da astronomia no município
Nesta semana aconteceu no Arizona, Estados Unidos, a Conferência ACM (Asteroids, Comets, Meteors Conference) e um professor de Rio Claro acabou recebendo uma homenagem. Nelson Callegari Jr., do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) do câmpus de Rio Claro da Unesp, agora dará nome a um asteroide descoberto em 4 de julho de 2000 pela Estação Anderson Mesa: o (30452) passa a ser (30452) Callegari.
Os asteroides são corpos rochosos ou metálicos que orbitam em torno do Sol como os planetas, mas que possuem uma massa muito pequena em comparação a eles. Seu diâmetro pode alcançar centenas de quilômetros, mas também pode ser de alguns poucos metros.
Atualmente, os asteroides são descobertos em massa, pelo projeto LINEAR, por isso muitos não chegam a receber um nome próprio. Os asteroides, quando são descobertos, recebem uma designação provisória e a fórmula atual envolve o ano da descoberta, duas letras e, se necessário, alguns algarismos.
Essa designação posteriormente pode ser substituída. Por tradição, quando se descobre um asteroide, é lhe dado o nome de uma figura mitológica, mas há vários asteroides nomeados em honra de astrônomos ou outras figuras importantes. Os nomes podem ser designados por seu descobridor e têm de seguir certas caraterísticas, como ter menos de 16 caracteres, ser uma única palavra e pronunciável, não ofensivo, e esse nome não pode ser o mesmo de outro objeto astronômico.
“Me sinto muito honrado e recompensado. Já são três décadas dedicadas ao ensino, à pesquisa e à difusão da astronomia”, afirmou o docente.
Mais sobre o docente
Nelson Callegari Jr., 51 anos, é o fundador e coordenador da Escola dos Astros, um projeto de extensão universitária criado em 2011 para difundir a astronomia entre crianças e adolescentes da região de Rio Claro. O projeto tem como público preferencial alunos do ensino fundamental e do ensino médio de colégios públicos e particulares, funciona com o apoio de alunos de graduação e de pós-graduação bolsistas, que atuam como monitores, e já realizou cerca de 7.000 atendimentos presenciais ao longo de sua história.