Professor de Rio Claro fala sobre a importante missão de ensinar

Professor celebra data dedicada aos profissionais relembrando a importante missão que possuem

Marcelo Montenegro Lapola é professor do departamento de Física da Unesp, doutor pelo ITA, colunista da revista Galileu e celebra o dia 15 de outubro com muitos motivos

Atenção, caro leitor: o JC desafia você a ler esta matéria e se lembrar de pelo menos um professor marcante em sua vida, afinal essa é uma das melhores coisas da profissão, segundo Marcelo Montenegro Lapola, professor do departamento de Física na Unesp Rio Claro, onde cursou seu bacharelado.

“O papel do professor sempre foi de muita importância na construção da sociedade, apesar de tentarem minimizar esse papel, o professor ensina não só os conhecimentos técnicos e científicos, ensina a pensar e isso é provocador, vejo o papel do professor só crescendo em importância em tempos de muita informação, falta de filtro, tempos de fake news, entre outras coisas que vêm com a tecnologia, professor é uma espécie de curador, que vai trazer para o aluno o que tem de melhor no conhecimento, dando-lhe a oportunidade de participar de tudo isso”, fala Lapola, que também é doutor em Física Nuclear pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o ITA.

MISSÃO – Lapola, que nem sempre quis ser professor, comenta que o papel de ensinar vai muito além do automático. “O professor tem o poder de tirar da ideia dos alunos que eles estão lá só para estudar e conseguir um bom emprego, o ensino torna todos nós mais inteligentes, pessoas melhores, os alunos entendem que um mundo de possibilidades pode se abrir”, pontua.

E segue. “Sobre lecionar, nunca foi minha vontade, mas foi algo que fui descobrindo com o tempo, depois de quase 20 anos no jornalismo, voltei para a Física da Unesp e descobri essa vocação, gosto muito do que faço, percebo que podemos ir além do conhecimento em sala, oferecer muito mais da vida”, fala.

A escolha da área de atuação não foi difícil para Lapola, que sempre fora apaixonado pelo mundo da Física. “Eu lia revistas como Superinteressante, Galileu, então sempre tive uma sementinha da Física em mim e hoje escrevo uma coluna na revista Galileu, onde meu maior desafio é ensinar de forma simples e didática conceitos mais complexos da Física, é um desafio, mas consigo atingir diversas camadas e aprendo muito com tudo isso”, diz.

VALORIZAÇÃO – Sobre a importância do professor, Lapola é categórico: uma das únicas profissões que nos permitem ser inesquecível é essa, a do professor, vai haver um aluno que se inspirou em você, que admirou suas aulas e essa é nossa ‘vingança’, nos tornarmos inesquecíveis para nossos alunos, é uma boa vingança depois de tanta opressão, muitas lutas e batalhas. Eu agradeço pela oportunidade de ser professor e parabenizo a todos”, finaliza.

Laura Tesseti: