Ednéia Silva
Os professores da rede estadual de ensino retornaram ao trabalho nessa segunda-feira (15), após o encerramento da greve, que durou 92 dias. A paralisação iniciada no dia 13 de março foi encerrada na sexta-feira (12), depois que a suspensão foi aprovada em assembleia pela categoria. Os professores reivindicavam 75,33% de reajuste salarial, mas não conseguiram aumento.
A reposição dos dias parados ainda será discutida. De acordo com o governador Geraldo Alckmin, nas escolas onde as aulas foram prejudicadas vai haver reposição. O planejamento está sendo feito, mas a reposição deve ocorrer nas férias de julho, dezembro e janeiro.
O diretor da Apeoesp de Rio Claro, Ademar de Assis Camelo, comenta que em Rio Claro os professores que aderiram à greve já haviam retornado ao trabalho. Segundo ele, o retorno foi acontecendo aos poucos por causa do corte de salários. Para Ademar, o governo jogou muito duro com os professores e o corte de ponto foi o que mais pesou para o encerramento da paralisação.
Em outra época, os descontos eram parcelados ou aconteciam somente quando não havia reposição. Para ele, agora precisa haver bom-senso de todos para a reposição das aulas. O professor que quiser repor não pode ser impedido.