Com o fim do prazo previsto pela Prefeitura de Rio Claro para a realização de estudos para a implantação do projeto O Futuro Já / Rio Claro+10, que fora anunciado em novembro do ano passado como sendo de oito meses, o Poder Executivo informa que nenhuma empresa se interessou em investir no município e transformá-lo em “cidade do futuro”, como esperava a atual gestão quando lançou o programa.
O projeto, apresentado para a sociedade, autoridades e população em geral visava abranger vários projetos de viabilidade de negócios para o município, impulsionando seu desenvolvimento. O Governo Municipal chegou a destacar, em solenidade do lançamento do programa, que áreas públicas como o Parque Municipal do Lago Azul, o Aeroporto Adhemar de Barros e demais localidades poderiam ser aproveitadas por meio de concessões.
O então secretário municipal de Governo, Desenvolvimento Econômico e Planejamento, Francesco Rotolo, que inclusive foi exonerado na última semana pela alta cúpula, chegou a afirmar que o programa colocaria Rio Claro “na vanguarda dos municípios para alavancar diversos novos empreendimentos, disponibilizando novos serviços de base tecnológica que garantirão a geração de emprego e renda, e riqueza para a população”.
O projeto iniciava-se por meio do protocolo de alguma empresa interessada. Após autorização da Prefeitura, um prazo para outras empresas que quisessem manifestar interesse à mesma área era concedido e todas ficavam aptas a elaborar estudos necessários para implementar seus projetos. A partir da escolha da empresa vencedora, a mesma apresentaria os resultados dos estudos para um grupo de acompanhamento.
A reportagem contatou o Poder Executivo e na sexta-feira (23), porém, a Prefeitura de Rio Claro informou que, apesar de todos os esforços e mobilização para divulgar o projeto e convidar eventuais investidores, o chamamento público publicado pela Secretaria Municipal de Governo não obteve resposta do mercado, não aparecendo nenhum interessado.
“Vamos continuar trabalhando para buscar soluções para velhos problemas com outros projetos. O decreto que norteava as ações. Houve algumas consultas, mas entendemos que o momento econômico do país está difícil. Não perderemos o foco”, disse o prefeito João Teixeira Junior sobre o Rio Claro+10.
Na época do lançamento, a Prefeitura apresentou dirigentes da Oficina Brasileira de Projetos de Infraestrutura (OBPI), de Fortaleza, que havia protocolado interesse de parceria privada com o poder público e estimava investir R$ 4 milhões para elaborar estudos de aplicação de serviços em Rio Claro. O interesse, porém, não prosseguiu. A reportagem tentou contato na sede da empresa no Nordeste e na capital paulista, mas não obteve retorno.