O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da 1ª Promotoria de Justiça de Rio Claro ofertou nova denúncia decorrente da Operação Fumaça, desta vez contra um empresário do ramo de veículos de Rio Claro, um advogado, um investigador de polícia e um indivíduo que responde a processo por tráfico de drogas.
A denúncia (acusação formal) se baseou em informações e provas obtidas durante a Operação Fumaça, deflagrada em dezembro de 2017, quando se investigou grupo acusado de extorquir empresários com exigência do pagamento de quantias milionárias, visando a inviabilizar supostas operações do Gaeco e mandados de prisões falsos. Uma das vítimas é uma idosa de 70 anos.
O grupo era composto por delegado de polícia, investigador, empresários, advogados e consultores, e prometia intervir junto a autoridades públicas do sistema de Justiça Penal para resolver as pendências criminais das vítimas. As acusações são por supostas práticas de organização criminosa, extorsões e lavagem de dinheiro.
A nova denúncia indica que o advogado – também réu na Operação Fumaça, assim como o empresário –, atuando na defesa do suposto traficante em processo em trâmite na 1ª Vara Criminal de Rio Claro, “comprou” o depoimento judicial do investigador de polícia que trabalhou na investigação dos fatos ligados ao tráfico de drogas, com o fim de favorecer seu cliente. O empresário é acusado de intermediar a negociação da propina entre o advogado e o policial civil.
Também a partir de provas obtidas na Operação Fumaça, o Gaeco denunciou, em fevereiro de 2019, o mesmo empresário e dois servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, acusados de repassar, a integrantes do grupo criminoso e em troca de vantagens econômicas, informações obtidas em razão do exercício funcional.