Ednéia Silva
As calçadas recém-construídas na região da Rua 1 com a Avenida 7 estão sendo quebradas para a instalação de pisos táteis para auxiliar a locomoção de pessoas com deficiência visual. O fato gerou críticas devido ao que está sendo chamado de desperdício de dinheiro público.
Romeu Stabelini tirou várias fotos do local. Segundo ele, faltou planejamento, pois a sinalização deveria constar do projeto original. A medida evitaria remendos e desperdício. “Os montes de concreto estão na Rua 1, sobre a linha férrea e um terceiro monte na Av. Francisco Matarazzo”, comenta.
Ele lembra fato similar que aconteceu no mesmo canteiro de obras. Segundo ele, há dois anos, após o aterramento há dois anos e execução dos serviços de terraplanagem, por duas vezes o solo foi retirado para instalar tubulações “que se esqueceram de colocar no projeto”.
Stabelini lembra que o município enfrenta uma crise financeira e o governo municipal está fazendo ajustes para reduzir os gastos. Um decreto municipal foi publicado com essa finalidade. “Os secretários de cada pasta só poderão fazer despesas depois de comprovarem que tem adequação financeira para o gasto. Atitude louvável, mas fatos como aqueles ocorridos na travessia para o shopping levam o contribuinte a descrer no decreto do prefeito municipal”, afirma.
Questionada sobre o assunto, a prefeitura informou que “todos os custos da abertura de buracos na calçada para a implantação dos pisos táteis são por conta da empreiteira que realiza a obra. Ou seja, não há custos adicionais para o município”.
De acordo com a administração municipal, a colocação do piso tátil já estava prevista no projeto inicial da obra, feito pela prefeitura. “A empresa que executa o serviço optou por implantar os pisos táteis em etapa posterior à implantação das calçadas e, por isso, arca com custos adicionais de mão de obra e material para cumprir esse item do projeto”, explica.
A prefeitura ressalta que, além dos pisos táteis, o projeto de reestruturação inclui outras formas de acessibilidade, como faixas elevadas para facilitar o deslocamento de cadeirantes, idosos, pessoas com carrinhos de bebê, entre outras necessidades. A prefeitura conclui dizendo que “cada etapa da obra é acompanhada pelo setor de engenharia da prefeitura e da Caixa Econômica Federal”.